Tuesday, August 2, 2011

Província no Japão Proíbe comercialização de Carne


Os japoneses da cidade de Shizuoka, na região central do país, consumiram carne contaminada com césio radioativo - substância química que pode causar diversos males à saúde humana e, em grandes quantidades, até levar à morte - confirmou nesta segunda-feira a emissora local NHK. O produto seria proveniente de uma única fazenda próxima à usina nuclear de Fukushima, que desencadeou a crise nuclear depois de ser atingida por um terromoto e um tsunami em março.
Conforme fontes oficiais, as peças teriam sido distribuídas entre maio e junho a nove províncias japonesas, incluindo a capital. Análises apontaram que a carne entregue em Shizuoka continha quatro vezes o limite considerado legal de césio radioativo. Um atacadista de Tóquio também teria recebido o produto com níveis excessivos de substâncias químicas, mas ainda não se sabe se foi consumido. Já se sabe, também, que a mesma carga chegou a restaurantes das cidades de Aichi, no centro, e Chitose, no norte do país, mas os testes de contaminação ainda não foram concluídos.
Saúde - Apesar da notícia, o ministro da Saúde japonês, Ritsuo Hosokawa, assegurou que não há motivo para se preocupar, já que o consumo de alimento contaminado uma única vez não representa uma grande ameaça à saúde. Ele garantiu ainda que será investigado o motivo pelo qual o produto foi distribuído.
A carga tinha peças de seis vacas que comeram ração contaminada em uma fazenda no povoado de Minamisoma, a cerca de 25 quilômetros da central de Fukushima. A ração para os animais era armazenada no exterior do sítio e continha amostras de césio que excediam o limite em 56 vezes, devido às emissões da usina. Na carne de outros 11 animais da mesma fazenda, que não chegou ao consumidor, foi detectado um nível de césio até seis vezes acima do permitido.

Hosokawa disse também que se estuda a possibilidade de analisar todas as vacas das áreas do entorno da usina que chegarem a matadouros e processadores, em vez de examinar apenas algumas, como acontece hoje. O Ministério da Agricultura acrescentou que realizará inspeções nas cerca de 260 fazendas que criam gado em zonas próximas à central nuclear.



O governo do Japão proibiu nesta terça-feira a comercialização de carne da província de Tochigi, ao sul de Fukushima, após detectar amostras com altos níveis de césio radioativo. A medida eleva a quatro as províncias afetadas pela contaminação. O ministro porta-voz, Yukio Edano, informou a decisão de ampliar o veto a Tochigi menos de 24 horas após anunciar que fora proibida a comercialização da carne bovina da zona de Iwate (nordeste) devido à radioatividade.


escândalo da carne contaminada teve início em meados de julho, quando foi detectado que haviam chegado ao mercado carregamentos com altas quantidades de césio radioativo procedentes do povoado de Minamisoma, próximo à danificada usina nuclear de Fukushima. O governo proibiu então distribuir carne dessa província e se comprometeu a efetuar análise em outras zonas, o que o levou a estender o veto à região de Miyagi (nordeste) no final desse mês e a Iwate na segunda-feira.


As autoridades acreditam que a contaminação da carne pode dever-se ao fato de os animais terem sido alimentados com ração cultivada ou armazenada ao ar livre que recebeu altas doses de radioatividade no início da crise nuclear. Segundo as análises, algumas mostras de forragem continham até 690.000 becquerels de césio radioativo por quilo, frente ao limite oficial de 300 becquerels. A carne contaminada, por sua vez, apresentou até 2.300 becquerels de césio por quilo, muito acima do limite de 500 becquerels estabelecido pelo governo.


Além da carne, 15 províncias do país planejam efetuar testes em amostras de arroz para comprovar se este alimento apresenta contaminação pela radioatividade emitida pela danificada usina. O governo japonês deve dar compensações de 50.000 ienes (453 euros) aos criadores de gado por cada uma das cabeças de gado contaminadas devido à crise, em um programa de ajudas que terá um custo de até 2 bilhões de ienes (18 milhões de euros).
(Com agência EFE) fonte:VEJA

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