Saturday, February 25, 2012

Artigos Roosevelt Arca de Noé e Oferta de Parceria

Agora temos uma página especial com o tema: Meio Ambiente eles Comentam! E já temos algumas contribuições de pessoas que trazem sua versão ao tema em uma palavra uma frase, enfim deixo aqui o convite a você leitor. Participe é simples, queremos obter uma troca de saberes e então aguardo a suas considerações. Amigos.

Estão na página o e-mail, a qual deve ser destinado suas considerações, aguardo. Agora reproduzindo com carinho, e respeito os artigos do Roosevelt.


A ARCA DE NOÉ E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Há muito anos atrás (período do Regime Militar), circulou um artigo que tinha como título “A Arca de Noé”.
Nele era contada uma pequena estória. Nela o planeta passava por uma fase muito complicada e, para resolvê-la, um tal Noé resolveu construir uma grande arca de modo a colocar um casal de cada ser vivo e, quando o dilúvio chegasse, este grupo sobreviveria para repovoar o planeta.
A estória evolui com a intervenção de um grupo de “iniciados” que aceitaram a idéia, mas consideraram que este era um empreendimento de grande porte e, desta forma, não poderia ser simplesmente conduzido por tal Noé. Seria necessário estruturar um empreendimento que pudesse conduzir a complexidade da construção da arca. Mudaram, de imediato, o nome do projeto que passou a se chamar “Arca das Mudanças Climáticas”.
Os “iniciados” começaram a estruturação do empreendimento: eleição de presidente, diretorias, assessorias, núcleos de pesquisa, contratação de especialistas, secretárias, motoristas, sede própria e sedes descentralizadas em diferentes locais do planeta, enfim, o imprescindível para que um grande empreendimento pudesse ser desenvolvido sem risco.
As tarefas foram divididas em vários Grupos de Trabalho, com reuniões realizadas não nas regiões do planeta onde eram inevitáveis os primeiros efeitos do dilúvio, mas sim em lugares aprazíveis onde os grupos pudessem trabalhar em condições adequadas a importância  do projeto.
Inevitável, estes grupos acabaram se dividindo entre “prós e contras” e cada um deles, sem se preocupar com o dilúvio a caminho, resolveram ignorar a variável tempo, consumindo o tempo disponível em apresentar estudos e pesquisas que reforçassem as suas posições. Isso demandou uma grande quantidade de recursos, que foram logo disponibilizados pelos países mais ricos do planeta.
Surgiram especialistas, políticos especialistas, agentes de financiamento especialistas, centros de pesquisa especializados, típicos do entorno de operação de um grande empreendimento.
Sendo muito especializadas, de imediato a sociedade foi relegada a um segundo plano, dado que, na visão do projeto, apenas um casal de humanos, decidido que seria escolhido entre a alta direção do “Arca das Mudanças Climáticas”. Na verdade, logo no início, as informações foram passadas a sociedade, mas em linguagem complicada que levou a um progressivo afastamento do tema, deixando aos “iniciados” a discussão e decisão sobre o assunto.
E o tempo foi passando. Países que tinham “madeira” para a construção da arca tentaram impor condições ao andamento do projeto, mas foram logo afastados pelos países que “detinham a tecnologia do corte da madeira”, de modo a, progressivamente, ir reduzindo o tamanho do grupo dos “iniciados”. Foram observadas denúncias (“Arcagate”), mas, para os “não iniciados”, acabou ficando a dúvida de quem  realmente tinha à razão.
Concluindo, passado alguns anos veio o aviso que o dilúvio seria no dia seguinte.
No empreendimento “Arca das Mudanças Climáticas” um desespero total; perdidos entre muitas alternativas não tinham tido tempo para concluir a arca. Ou seja, era inevitável que o dilúvio seria plenamente fatal para todos do planeta.
Mas, do alto da torre de trinta andares construída para fazer funcionar o mega projeto, no dia seguinte, quando a água quase cobria o edifício, foi possível ver uma arca de madeira, com os “não iniciados” liderados por um tal Noé, passando ao largo.
Você já pensou em que grupo está?
Ainda há tempo para escolher o grupo certo.

PROPOSTA  DE  PARCERIAS EM PESQUISAS  VOLTADAS  À  AVALIAÇÃO  DA  PERCEPÇÃO  AMBIENTAL E  SOCIAL  EM  SEGMENTOS  FORMADORES  DE OPINIÃO

Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS

Resumo:
O presente artigo visa divulgar, ainda que em caráter de síntese, a linha de pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS (Brasil), que atua independentemente e sem fins lucrativos, oferecendo condições de estruturação de parcerias voltadas a estudos conjuntos a serem desenvolvidos, como apoio do NEPAS, por grupos de pesquisa ou instituições (públicas ou privadas), ligados ao uso dos estudos de percepção como instrumentos de gestão de baixo custo.

Palavras chaves:
Percepção ambiental, pesquisas de avaliação, desenvolvimento de parcerias

Em 2003, no Brasil, decidimos criar um grupo (envolvendo pesquisadores Mestres e Doutores) – denominado “Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental Social/ NEPAS”, voltado especificamente ao estudo da percepção ambiental e social em segmentos  formadores de opinião, tendo como foco prioritário estudantes e professores de diferentes níveis de ensino (fundamental ao superior).
O interesse por este tema advém de 1989, quando realizamos nossa especialização (no Japão) em Engenharia Ambiental, quando tivemos nosso primeiro contato com o assunto, quando, na oportunidade,  inferimos que este instrumento (de baixo custo) poderia ser útil para avaliar a eficácia de programas de Educação Ambiental que, como então Gerente Geral de Engenharia Ambiental de uma grande empresa brasileira (Vale do Rio Doce), que vinha sustentando financeiramente significativos na área de educação Ambiental, sem que os envolvidos na implantação de tais programas tivessem, agregados  a seus planos de trabalho, nenhum tipo de avaliação como essa.
Aos poucos – fato consolidado em 2003 através da criação do NEPA – hoje NEPAS – quando aposentamos e passamos a atuar como coordenador de um curso de Engenharia foi possível estruturar o grupo, alocando professores de diferentes formações (Química, Estatística, Sociologia, Psicologia, Medicina, Farmácia, entre outros) interessados em assuntos ligados à área ambiental. Desde sua criação o grupo sempre foi independente, contando com a participação espontânea de outros profissionais, sempre sem vinculação a nenhum tipo de remuneração.
As primeiras pesquisas foram realizadas com estudantes e professores da instituição de ensino superior a que estávamos  ligados, fato que se mostrou de grande importância sob o prisma acadêmico, uma vez que permitiu, tanto para professores como alunos, identificar (e quantificar) o que denominamos chamar de “lacunas do conhecimento ambiental” dos grupos analisados.
As informações quantificadas deram base a um plano de intervenção direta nos pontos identificados através da pesquisa de avaliação do nível de percepção ambiental e social dos grupos de alunos e professores.
Nesta fase – o que consideramos um elemento de sustentação do sucesso do nosso grupo de pesquisa – desenvolvemos uma metodologia própria de trabalho , inclusive com a definição de questionários específicos a serem aplicados aos amostrados.
Daí para as pesquisas de maior amplitude – realizadas com estudantes participantes da II e III Conferências Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (promovidas pelo Ministério da Educação / MEC), a realizada com gestores ambientais vinculados a um programa de formação de gestores ambientais do Ministério do Meio Ambiente / MMA, entre outros – chegamos a desenvolver pesquisa semelhante em apoio a Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA – Portugal), pesquisas estas que, progressivamente (ampliação do banco de dados do NEPAS), confirmaram ser a opção um instrumento de avaliação da eficácia de programas de Educação Ambiental, advindos de iniciativas públicas e / ou privadas.
A metodologia foi levada para outras instituições (Projeto ENADE Ambiental, estruturado pelo NEPAS), pesquisas também foram realizadas com outros  diferentes segmentos da sociedade – casos das análises, por exemplo, do nível de conhecimento da legislação ambiental básica e da percepção em relação à temática das Mudanças Climáticas, entre outras – que foram elementos imprescindíveis para a consolidação do banco de dados que o NEPAS conta hoje.
Como o NEPAS foi criado sem fins lucrativos – nenhum dos professores envolvidos recebeu qualquer tipo de remuneração por seu trabalho, sendo que os bolsistas (pesquisadores de campo) recebem bolsas decorrentes de recursos advindos de empresas (Vale do Rio Doce, ArcelorMittal, Mineração Espírito Santense e Aracruz Celulose, para explicitar as mais representativas) – dado o grande número de consultas para apoio a várias outras instituições de ensino interessadas em desenvolver pesquisas na área (orientação a trabalhos de pesquisa em desenvolvimento), optamos por estruturar uma linhas de parcerias com tais instituições, fato que se iniciou com a ASPEA, referência já explicitada.
Algumas dessas pesquisas podem ser acessadas através de www.pluridoc.com , pesquisando “roosevelt s. fernandes”, grupo de trabalhos que pode dar uma maior visibilidade a linha de pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA, nos últimos seis anos.
Hoje, efetivamente, a linha de pesquisa do NEPAS não se prende unicamente a pesquisas com foco ambiental, como é o caso do trabalho “Avaliação da percepção de estudantes universitários diante do tabagismo” e, de pesquisa conseqüente da anterior voltada à “Avaliação da motivação de estudantes dos níveis fundamental e média da rede pública do estado do Espírito Santo frente ao início do vício de fumar”.(em fase de estruturação).
O objetivo deste artigo é o de oferecer a grupos e/ou instituições de pesquisa – públicas, preferencialmente (apesar de também trabalharmos com grupos privados; neste caso a retribuição se dá unicamente  através da concessão de bolsas para os pesquisadores de campo do NEPAS, oriundos de diferentes instituições de ensino superior) – que tenham interesse em desenvolver pesquisas ligadas à avaliação de percepção (ambiental ou não), um caminho de parceria – sem ônus – com o NEPAS.
Este tipo de apoio pode ser realizado através de sistema on line, quando se define os reais objetivos da pesquisa, universo da amostra, plano de amostragem de informações (geralmente, +- 5% de erro e 95% de intervalo de confiança), estruturação do questionário da pesquisa, testes preliminares de verificação do instrumento, forma de coleta dos dados (de modo a poderem ser alimentados no sistema SPSS), entre outros.
Faz parte desta etapa inicial o treinamento daqueles (inclusive o processo de seleção dos mesmos) que farão a aplicação da pesquisa de campo, de modo a assegurar a plena confiabilidade das informações coletadas. Também se estrutura o plano de amostragem a ser seguido quando do in´cio da pesquisa.
Na etapa seguinte – tabulação e análise dos dados – caso a entidade e/ou instituição tenha condições de consolidar o processo, o NEPAS atua como assessoria de apoio; em caso de impossibilidade, os dados coletados (questionários preenchidos na fase de campo) podem ser enviados ao NEPA (no Brasil) que se encarrega, através de seus bolsistas, de estruturar a tabulação dos mesmos e a emissão do relatório preliminar da pesquisa que, depois, em trabalho conjunto, é concluído pelas partes.
O trabalho final poderá ser divulgado (encontros, seminários e congressos científicos) por qualquer uma das partes, desde que explicite a outra envolvida, estimulando-se que tais divulgações sejam feitas através de iniciativas conjunta das partes envolvidas na parceria.
Os interessados em discutir a possibilidade de estruturação de parcerias deverão fazer contato através do e-mail roosevelt@ebrnet.com.br para que se possa, de forma concreta e específica, desenvolver as discussões. Certamente, nestes casos, são disponibilizadas todas as pesquisas disponíveis no banco de dados do NEPAS que tenham afinidade com a pesquisa em evolução.
Em síntese, o objetivo maior que move o NEPAS é o de ampliara  adoção das avaliações dos níveis de percepção (ambiental e social) na qualidade de instrumento de gestão para a estruturação de planos de intervenção em relação as não conformidades de conhecimento identificadas durante as pesquisas.

Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
Especialização em Engenharia Ambiental pela N. Steel / Japão
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS
Ex Gerente Geral de Engenharia Ambiental da Cia. Vale do Rio Doce e Gerente de Relações com Partes Interessadas da Aracruz Celulose.
Membro do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional das Indústrias - CNI e dos Conselhos Estadual (ES) de Meio Ambiente e do Estadual de Recursos Hídricos, bem como do Fórum Estadual (ES) de Mudanças Climáticas
Membro dos Conselhos de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do ES / FINDES e da Federação da Agricultura do ES / FAES

Saudação Ambientalista, Milton. Gestor Ambiental.

2 comments:

  1. Educação Ambiental - Mudando Paradigmas

    Em reunião realizada (dia 5 de Outubro) no Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) foram definidos critérios básicos para a estruturação de Programas de Educação Ambiental (estímulo à ação participativa e integrada das comunidades) e de Comunicação Social (auxílio a sociedade a entender o projeto que estará sendo implantado), com foco prioritário na efetiva inserção da sociedade no contexto da discussões destes programas.
    O especialista que irá desenvolver estes programas passa a ter a compulsória obrigação de ouvir previamente o que pensa a sociedade envolvida no projeto sobre a interação empreendimento a ser implantado e os aspectos sociais e ambientais associados.
    Passa a ser exigida a realização de diagnósticos prévios de avaliação da percepção ambiental e social da(s) comunidade(s) afetada(s), informações estas que devem direcionar a estruturação dos programas.
    A percepção ambiental e social dos indivíduos está ligada ao fato de que cada um percebe, reage e responde diferentemente as ações sobre o meio ambiente e o contexto social da região onde vive, contexto que depende dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada um. Em síntese o indivíduo é estimulado (conscientizado) pela educação ambiental que recebe, mas se comporta / reage no dia-a-dia através de seu nível de percepção ambiental e social.
    Deste modo, com estes novos critérios definidos pelo CONSEMA, ficam evidenciadas as formas de como deverão ser atendidas, para projetos de significativo impacto ambiental, a estruturação de Programas de Educação Ambiental e Social, que passam a ser seguidas pelo órgão ambiental licenciador.
    Como primeira mudança de paradigma as informações coletadas nos processos prévios de avaliação da percepção ambiental e social da(s) comunidade(s) envolvida(s) deverão ser tabuladas em um sistema onde as mesmas possam ser trabalhadas estatisticamente, ou seja, possam ser correlacionadas, o que amplia em muito a qualidade da interpretação dos resultados.
    As mudanças de paradigma continuam, uma vez que estes dados (tabulados e interpretados) devem ser compulsoriamente discutidos com a(s) comunidade(s) em um evento público convocado pelo órgão ambiental licenciador, sendo os resultado registrados em ata própria que ficará no arquivo do órgão ambiental.
    Mas as mudanças de paradigma não param ai, visto que passa a ser exigido do especialista que irá estruturar os programas que comprove como tais informações, produto da avaliação da sociedade de como a mesma percebe os problemas ambientais e sociais de sua região, que passam a ser base para a estruturação dos Programas de Educação Ambiental e Social.
    Ainda como novidade da nova metodologia aprovada pelo CONSEMA, as pesquisas prévias de avaliação da percepção ambiental e social da(s) comunidade(s), deverão seguir um plano de amostragem dos diferentes segmentos da sociedade que precisam ser consultados (lideranças comunitárias, comunidades tradicionais, professores, entre outros), bem como o número de indivíduos a serem consultados.
    Como se pode perceber, a inciativa do CONSEMA explicita, de forma muito objetiva, a etapa mais importante na estruturação de Programas de Educação Ambiental e Social que é a inserção efetiva, e gerenciada pelo órgão ambiental, da(s) comunidade(s) envolvidas no processo, podendo ser considerada como uma sensível mudança de paradigma em relação ao que até então era adotado.


    Roosevelt S. Fernandes
    Membro do CONSEMA
    roosevelt@ebrnet.com.br

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