Friday, May 31, 2024

Mão na massa: memórias afetivas, educação e cultura, tópicos para o ENEM

 

tópicos para o ENEM  veja anteriormente- a valorização da educação pública

Por, Milton Lima 31-05-2024

            A consciência que nos leva a sensibilizar é a mesma que nos leva a desanimar, talvez soe até mesmo estranho a palavra consciência, e do mesmo modo pode ser que soe comum a palavra desânimo, quando nos referimos à educação. Bem, o primeiro passo à mão na massa, a que o texto se refere, passa por entender esta consciência que você deve gerir. De um lado a cultura e de outro as memórias afetivas, então voltamos às fotos novamente, para atribuir significado ao que se busca chamar a atenção no contexto dos tópicos para o ENEM.

    Cativar qualquer estudante a concorrer uma vaga na universidade pública, certamente, não é uma tarefa fácil. Certo é melhor dizendo, que não é uma tarefa fácil para os estudantes de classe menos favorecida, como é o caso de muitos vocês, pelo menos imagino eu, não pensam em prestar qualquer vestibular, pois, o foco é trabalhar. Eu por exemplo, demorei muito para prestar o ENEM, e somente em 2017, eu pude entrar numa universidade pública para fazer uma graduação em ciências sociais, ou Sociologia, se vocês quiserem. A foto acima foi no ano de 2012. Eu falei de memória afetiva, por isso, eu estou ciente das dificuldades e me coloco na pele de muitos de vocês, porque eu precisei trabalhar desde cedo, e não havia a cultura na família de estudar, muito menos de se formar, em algum curso superior.

            Outras fotos farão parte deste compêndio antes de realmente chegar ao assunto que pode interessar aos mais ambiciosos, afoitos por conteúdo que os ajude a chegar ao seu objetivo. Pensando em todos vocês, eu peço paciência, pois, esse texto tem diversos públicos. O público que se busca alcançar é àquele que não se vê ou nunca se viu sonhando entrar numa universidade pública, e em São Paulo, para os moradores do Jardim Conceição, especificamente, esse texto busca incentivar o acesso a USP ou as outras universidades estaduais, como as federais. Em Osasco, tem um campus da UNIFESP, que pode ser uma excelente oportunidade para os moradores do bairro. Voltando a USP, as fotos são dentro do laboratório de Educação Ambiental e Recursos Hídricos, do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA) da Universidade de São Paulo, situado em São Carlos. A cidade de São Carlos abriga às escolas de engenharia, por isso leva o nome de EESC, Escola de Engenharia de São Carlos. 

    De fato, o que busco esclarecer é que a cultura de estudar entre nós da periferia não é cultivada para nossa ascensão no mercado de trabalho. Para entrar no mesmo lugar e disputar com igualdade a qualquer cargo ou concurso público; devemos primeiro tomar consciência deste lugar de poder que é a universidade pública, e por ser um lugar de poder, que muitas vezes não conseguimos ascender até que a luta valia o nosso esforço. Ou vocês acham que ser um médico, um advogado, um engenheiro, e um professor universitário com o título de Doutor, pois, precisa ter doutorado para ser chamado de Doutor, não é para você da periferia? Bem, lembra no início do texto quando se chama a atenção para a consciência, então, é por isso que a memória afetiva ajuda nesse caso, mostrar não tão somente que é possível entrar neste mundo de poder, como também é um direito inalienável que lutemos por esse lugar. Entre outras coisas, que se deve pontuar na escrita e argumentação, é que a educação tem sido exaustivamente sucateada, logo, a impressão que se tem dela é estudar para quê, se vejo engenheiro, advogado, médico, trabalhando de motorista de aplicativo, quer dizer, sem direitos trabalhistas, para quê? Então nesse misto de sentimento, que eu defendo o porquê você deve mudar essa realidade, de privatização da vida; do fetiche ao trabalho empreendedor de si mesmo, numa lógica brutal de mercado que se você não entender como funciona o sistema, não adianta ninguém tentar te convencer, pois, acredite, há uma cultura por trás de tudo isso.

            Politicamente foi cortado o orçamento da Educação no governo Temer, em 7 anos desde 2017, os recursos para o desenvolvimento da Educação tem abaixado vertiginosamente. O problema é estrutural, é sobre esse poder que acabamos de relatar, e que com certeza, se você estudar nesse cursinho, poderá entender melhor o que está acontecendo com a Educação em nosso país. Mostrar alguns fatos que demandariam muitos exemplos, e uma profunda discussão sobre o mundo político, demandaria muito tempo deste texto, então refaço o convite, faça o cursinho popular Jardim Conceição, e veja na disciplina atualidades o papel do mercado para a uberização dos serviços públicos e a precarização do trabalho, tudo isso, que, aliás, deve colocar outras pulgas atrás da orelha, apenas alerta o porquê de estudar e a importância de ser numa universidade pública. Ainda que já dito, em universidade pública, os professores são doutores – em suma maioria. E vão te provocar a conhecer esse universo de aprendizagem. E se você se perguntou e as universidades privadas? Bem, tem uma diferença essencial, muitas destas privadas não podem ser consideradas universidade, pelo fato de não contemplar o tripé, ensino, pesquisa e extensão. Quando são universidades, estas instituições, para manter o nível de excelência, contratam professores que estudaram em universidades públicas, que são doutores, e a mensalidade cobrada é extremamente alta. E se for pensar nas faculdades privadas, há uma defasagem ainda maior. Por tudo isso, o tema educação é um drama.




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