Tuesday, April 21, 2015

O animal ficcionista



Segregação: o animal ficcionista


Você é eternamente responsável pelo sentido da vida.
Existem sete tipos de desencontros!
Mas a quem diga que eles são apenas espécies segregadas.
A sensação é física, mental, e bem lá no fundo emocional.
Não se trata de reconhecer, mas de assumir sua identidade.
Em suma a ficção te conduz a dúvida! E lhe convida: a pensar.
O pequeno menino ousa dizer: pare!
Quando voltarei ao meu mundo, aquele da imaginação?
- O concreto diz: calma, menino! Um dia vai se adaptar.
História: puxa! Escuto tantas coisas...
Aliás, há muito não tenho herói...

Tenho visto árvores apenas em retratos e relatos.
Alguns meninos não têm identidade. Hoje é chip.
Ainda me apego às sensações de outrora...
Estava em uma viagem: em outro planeta
Hoje os meninos são diferentes, olham a mesma viagem da TV.
Estou procurando na cultura atual, e pergunto: sumiram os livros?
Aquele concreto estava certo, mas à adaptação requer uma volta.
No tempo... Que bom, ainda sou um menino.
Pouco a pouco, acesso minhas histórias, lembro quem sou.
Vivo a morte de uma geração...

Como menino, queria muito brincar.
De repente: de encontrar a liberdade!
E viver sem ensaio, sem papeis, sem roteiros.
Ainda que conviva com a morte do real...
Estou a imaginar: o mundo com meus heróis.
Criando uma sintonia de herói da música.
A canção é simples, e diz: Você não é especial.
História é referência e sobrevive a cegueira.
Paz de um menino e guerra sem destino.
Pare! Eu quero descer. E viver, a minha história.
Sem segregação, sou o animal ficcionista.

Milton Lima
Filósofo – de alma.
Gestor Ambiental & Especialista em Educação Ambiental.

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