Encontro Nacional de Estudantes de Gestão Ambiental
Em 28 de agosto de 2005, último dia do III Seminário para Interação em Gestão Ambiental e I Encontro Nacional de Estudantes de Gestão Ambiental, foi elaborada a I Carta do I ENEGeA, que abordou itens relevantes levantados durante o evento, como: a vinculação à um conselho profissional, as diferenças nas grades curriculares, a divulgação do profissional e a comunicação. Estes foram então os itens principais para serem trabalhados até o II ENEGeA. Alguns Graduandos Tecnólogos e Bacharéis em Gestão Ambiental criaram um grupo que se encontrava desde março de 2006 (reunindo-se pelo menos uma vez por mês), com a finalidade de discutir, trocar idéias e estudar documentos a respeito da regulamentação da profissão do Gestor Ambiental, concomitantemente á Criação de um Conselho com o fim de atribuir, disciplinar e fiscalizar a profissão. Resolvemos utilizar então a rede de e-mails e da base digital no Yahoo, para nos auxiliar no armazenamento de arquivos e gravar a conversa a respeito das necessidades para o reconhecimento da profissão de Gestão Ambiental.
Logo no início das reuniões, percebemos que necessitaríamos de uma instituição com CNPJ que aglutinasse os estudantes e/ou profissionais do país inteiro, para que representasse a classe de forma organizada na construção de um Conselho Federal / Regional de Gestão Ambiental, para isso pensou-se na ABraGeA (Associação Brasileira de Gestão Ambiental). Nestas reuniões que tivemos mensalmente desde março de 2006, já discutimos uma série de necessidades que nós graduandos e graduados temos, principalmente a regulamentação da profissão e reserva de mercado, que é conquistada através de um conselho próprio. Alguns tecnólogos tiram o CREA, outros tecnólogos tiram o CRQ, o bacharel em Administração com Linha de Formação Específica em Gestão Ambiental do Senac tira o CRA e outras instituições como EACH (USP-Leste) e ESALQ (USP-Piracicaba) até o presente momento não têm vínculo a nenhum conselho. Desta forma, tínhamos quatro situações: três possíveis filiações a conselhos (CREA/CRQ/CRA), ou nenhum vínculo à Conselho. De certa maneira uma bagunça, pois mesmo que associado a um destes, nenhum abrange a multidisciplinaridade que a Gestão Ambiental (e outras profissões Ambientalistas) atinge, abrangendo diversas áreas do conhecimento dentro das Ciências Exatas, Humanas e Biológicas.
Percebemos que seria necessário uma ABraGeA (Associação Brasileira de Gestão Ambiental) para começarmos à elaborar um Projeto de Lei que cria um Conselho próprio. Subitamente, tivemos uma notícia inesperada: o Projeto de Lei 1.431 que cria o Conselho Brasileiro de Ambientalismo (COBAM) foi criado e apresentado na Câmara dos Deputados em Brasília, em junho de 2007. A partir desse momento, as discussões no II ENEGeA e rumo ao III ENEGeA giraram em torno de discutir o que é esse COBAM, como surgiu e no que implica.
Buscamos o contato do Deputado Wiliam Woo (PSDB - SP) e acabamos conseguindo um contato um tanto próximo com um de seus procurador Cauê Coffone. Após indagações sobre o referido Projeto de Lei, constatou-se que o mesmo não foi apreciado por nenhum gestor ambiental ou instituição que ministra o curso, sendo assim construído sem a participação daqueles a quem mais interessava o Projeto.
Da mesma forma, iniciou-se a construção da ABRAGeA, em inúmeras discussões sobre sua operacionalização, abrangência e constituição. Um esqueleto do estatuto foi constituído e foi criada a expectativa de sua consolidação no III ENEGeA, com participação ampla de diversas regiões do país. Frente a esse panorama, discutimos no III ENEGeA algumas questões-chave para o movimento, dentre elas a regularização da ABRAGeA, a intervenção sobre o COBAM, nossa forma de comunicação e o ensino em Gestão Ambiental. Quanto à ABRAGeA, deliberou-se que não havia o contingente necessário para sua representação em nível nacional, e optou-se por aguardar esse momento. Na discussão referente ao COBAM, ficou explícita a falta de uma discussão primeira acerca das bases do curso de Gestão Ambiental.
Frente à grande diversidade presente nos cursos, ficou muito difícil pensar nas atribuições profissionais do gestor ambiental. Como poderia um profissional formado na ESALQ realizar o gerenciamento de ambientes costeiros (algo que o profissional formado na UFPR tem plena capacidade técnica), sendo que não há base no curso da ESALQ para isso. Foi difícil conceber a dimensão prática do movimento frente a essa dificuldade de não termos uma “cara própria/identidade/perfil” da gestão ambiental. Deliberou-se, portanto a criação de um Fórum de Representantes do Curso de Gestão Ambiental, que congregasse professores, estudantes e coordenadores do curso para discutirem as bases do currículo em Gestão Ambiental.
Esse evento foi realizado em novembro de 2008 na ESALQ e se mostrou um importante passo para nosso movimento. As instituições presentes nunca haviam sentado antes para conversarem sobre seus cursos. Dessa forma, discutiu-se e foi criado um documento com bases curriculares e profissionais para a Gestão Ambiental. No entanto, novamente, não havia quorum representativo para apreciação nacional. Assim, a UnB comprometeu-se em realizar um Fórum em nível nacional para devida construção e apreciação desse documento-base do curso, que representasse nossa cara, nossa razão de ser como estudante e profisisonal. Sendo assim, a carta seria um forte instrumento junto ao Ministério da Educação (MEC) para consolidar o que é um curso de Gestão Ambiental. Da mesma forma, a carta seria um importante meio de divulgação profissional.
Chegamos então no IV ENEGeA, com a potencialidade dessa carta e do 2º Fórum como bases para continuarmos nossas discussões frente Conselho Profissional (COBAM) e Associação (ABRAGeA). Com a presença de muitas pessoas novas no movimento, o IV Encontro focou-se em preparar os estudantes para o 2º Fórum, que ocorrerá provavelmente em Brasília (UnB) em finais de outubro, e potencializá-los para que o movimento atinja a todos e todas estudantes, professores(as) e coordenadores(as) de todos os cursos de Gestão Ambiental do Brasil. Essa é nossa história e objetivo, que devagar e sempre, vem se tornando nossa realidade a cada novo Encontro.ENEGEA
momentos.O primeiro deles compreende as solenidades de abertura, apresentação das caravanas e os
repasses e histórico do movimento.Já o segundomomento se caracteriza por espaços de palestras, minicursos,
mesas-redondas e Grupos de Trabalho (GTs), sendo estes a ocasião de maior aprofundamento
estudantil dos alunos nos temas e propostas, frutos de discussão entre os discentes de cada Instituição de
Ensino Superior reunidos.
O último momento é marcado pela Plenária Final, espaço máximo de deliberação dos estudantes e,
consequentemente do Encontro Nacional em sí. É quando as definições dos GTs são melhoradas e
ratificadas por todos os participantes coletivamente, encaminhamentos diversos são estipulados e se
escolhe a próxima instituição que sediará o ENEGeA. Trecho da Carta,V.
Aguardando, ancioso por esse grande evento, maiores informações desse VI encontro, em uma postagem detalhada, após os dias mencionados, Matinhos PR, me aguarde!
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