O limite do silêncio: o Latim desmascarando palavras
Por: Milton Lima 14-04-2020
Escrever e escrever... O silêncio está ensurdecedor no ano de 2020, é como um daqueles que ninguém sabe pra que lado correr frente a tal acústica que o deixaria a mercê do silêncio. As sentenças do tribunal da justiça escapar-nos-ão sob a divisão dos poderes nas vias do público e privado, cujo limite não passará de um crédito subentendido vindo como ajuda de um banco fadado a explorá-lo.
Sem um tampão nas orelhas, apenas caberá ao direito sugerir-nos para não sair de casa e assim enfrentarmos a guerra com as máscaras da prevenção. E a terra se vira do avesso para se fazer compreender, no caminho que a limita de um não contato humano. E se não vê-la mais como terra, e ao som da televisão escutá-la como sentenças de, fique em casa como máxima, isto é apenas o começo do segredo não ecoado frente à máscara vista pelos seus olhos. E lá longe que seria tão perto se não fosse virtual esta terra que não mais recebe seus mortos no mundo real, é agora vista e digerida pela TV sob a bagatela de que o mundo (seria esse que conhecíamos que se era permitido até velar os seus mortos?) tal como o conhecíamos não será mais o mesmo depois da pandemia.
O que está sob controle
Um pânico generalizado é utilizado para obter o controle total da situação. Então o medo moldou o homem hipocondríaco, e este além de acreditar que tem (quando se sabe que não tem) o direito de trabalhar também crê que senão o faz é por causa da crise. E sob isso que está em controle vejo-me obrigado a voltar no Latim e indagar Tu hoc silebis passaras isto em silêncio? Quando lida a máxima silent leges as leis são mudas?
Ontem o mundo parecia securus – seguro tão sossegado e também aquele que não temia ou tampouco se importava. Mas o mundo como comenta Joseph S. no final de março, não parece ser tão seguro assim, e o COVID-19 já tem legado ao mundo uma dolorosa lição.
Real é o teatro que vê uma grande sobrevida do sistema financeiro
Theatrum visto pela assembleia repleta de expectadores em pleno auditório do século XXI, lia-se e assistia-se nas séries tal como nas propagandas do youtube a chamada, fique em casa.
Assim se reuniram para os jogos públicos, num teatro forjado pela falta de tempo de poder assistir uma peça em que os bancos faturavam e faturavam e quebravam sem nos dizer o tamanho real de suas dívidas. Parece que tal teatro saiu da ficção e passou a ser peça real com a crise do COVID-19, esta que não trata nem de longe ou tampouco perto da máscara de tal rombo do mercado financeiro.
Para trazer alguns números para tal controle, a dívida do mundo hoje passa de 760 bilhões de dólares. Comparando a crise atual com a crise de 2008, em 2018 os USA aumentaram sua dívida para 13.3 bilhões, ou seja, 618 milhões a mais que o montante da crise anterior. Muitos analistas apontavam para uma bolha que estava prestes a estourar, porém, com a pandemia pouco a relaciona o fique em casa com a quebra da economia - está sim real vergonha de um sistema de dívida permanente.
Enquanto isso, a Itália frente à crise já tem declarado que está prestes a sair da União Européia, e já se tem explorado a nova Italexit, e isso com a forte relação de um mundo multipolar com China e Rússia. O fato é que o limite do silêncio desta pandemia, ainda vai dar muito que falar. Aos cientistas políticos a economia será um triunfo para análise geopolítica. Há um novo sistema surgindo, e as rotas da seda que transfere o sistema mundo para o Oriente tem se mostrado até aqui, na ajuda aos países mais necessitados na Europa uma opção muito bem organizada. Basta saber se as famílias tal como os Rothschild, vão permitir um novo mundo que o ouro seja a garantia nas compras e não mais o petrodólar.
O tempo ou tempus – orius é o próprio tempo, o próprio instante, à hora e o ano, também é oportunidade. Como disse o filósofo russo Dugin, as crises pedem uma resposta rápida, e se em 2008 criou-se os BRICS, é possível que esta siga as anteriores. E o tempo, seja qual for sua linguagem, fará jus a circunstância e conjuntura de um limite que o vírus já impôs a questão moral da humanidade. Ou se fala a verdade ou então que o teatro faça-nos vivenciar a arte de dizer chega.
Ainda que ninguém vá mandá-lo morar na China, pois é comum ouvir tal destempero sobre as questões políticas no Brasil, pode-se repetir para que tu vás para Cuba ou para Venezuela. O certo é que Cuba tem para cada mil habitantes 8 médicos e 8 enfermeiros, o maior índice no mundo. Também é fato que sempre que foi preciso Cuba enviou ajuda ao mundo (exceto quando o governante de um país desclassifica um dos melhores sistemas de saúde do mundo, e dispensa ajuda, estou falando do Brasil), o que não continua certo na diplomacia global é sanções a qualquer país em tempo de pandemia, isto é crime à humanidade, mas isso também ninguém quer falar. O tempo testará e limitará o silêncio ou o grito dos inocentes, aguardemos no Latim o tempus...
Ainda que ninguém vá mandá-lo morar na China, pois é comum ouvir tal destempero sobre as questões políticas no Brasil, pode-se repetir para que tu vás para Cuba ou para Venezuela. O certo é que Cuba tem para cada mil habitantes 8 médicos e 8 enfermeiros, o maior índice no mundo. Também é fato que sempre que foi preciso Cuba enviou ajuda ao mundo (exceto quando o governante de um país desclassifica um dos melhores sistemas de saúde do mundo, e dispensa ajuda, estou falando do Brasil), o que não continua certo na diplomacia global é sanções a qualquer país em tempo de pandemia, isto é crime à humanidade, mas isso também ninguém quer falar. O tempo testará e limitará o silêncio ou o grito dos inocentes, aguardemos no Latim o tempus...
Simplesmente explicativo.
ReplyDeleteruidosamente verdadeiro.
Estrondosamente sensivel.
Academicamente promissor.
Milton escreve como deve ser.
Congratulations.
Extremamente feliz pelo comentário.
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