By Milton Lima
07 de fevereiro de 2025.
De primeiro de fevereiro até o dia que escrevo esse
texto, dia 07 de fevereiro, consumi muita informação, de jornais, revistas e
filmes. De volta ao Canadá é importante lembrar que desde a última notícia que
li no dia primeiro até o fechamento desta matéria, muita coisa mudou com
respeito às tarifas. As tarifas que Donald Trump havia imposto tanto ao Canadá
quanto ao México, foram congeladas por um mês.
É justamente sobre a guerra comercial que eu gostaria
de iniciar essa escrita. Em muitos lugares pelo mundo, na Itália, Alemanha,
Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Brasil, Argentina, Rússia e China, nos
lugares que eu li, [1]
eu procurei entender o que poderia estar por trás do jogo político dos
bastidores, com Musk e Trump, Putin e Xi.
Não importa o idioma, o tema que com certeza ganhou
as manchetes de notícias pelo mundo e foi muito comentado diz respeito à nova
tecnologia da China, Deep Seek. Essa nova tecnologia de Inteligência Artificial
(AI) competindo com as grandes empresas do mundo da ‘AI’, como a Meta e OpenAI,
por exemplo, ganhou destaque pelo mundo. O que muito se comentou foi o fato
desta empresa investir um aporte muito inferior ao das grandes empresas de AI,
e obter um resultado competitivo, tanto que se especula que o valor de mercado
antes bilionário nas bolsas de valores destas empresas tenha sofrido uma queda
consideravelmente alta.
No tabuleiro da arte da guerra, a China continua
sendo uma das principais interessadas na Nova
Rota da Seda. Como uma das economias mais fortes do mundo, a China torna-se
o principal alvo da guerra comercial de Donald Trump. Quando Trump ameaça anexar
territórios, investir pesado na reconstrução da Palestina, propondo a retirada
dos palestinos da própria terra, ele está querendo brigar no campo da guerra
comercial que envolve a tecnologia e a economia.
Da frase dos anos 80 do século XX, atribuída a outro
presidente, Reagan, Vamos Fazer a América
Grande Novamente, Trump mudou seu início, para “Faça a América Grande Novamente” ou MAGA.
Neste mesmo tabuleiro, ninguém melhor do que a China
para entender a arte da guerra. Ela está como nação cada vez mais forte e
pronta para a guerra. Embora não esteja em evidência a guerra com Taiwan, ela
tende a acontecer, e nesta briga de cachorro grande, os Estados Unidos com
certeza deverá estar envolvido.
Por fim, Musk, com grande interesse na Afd na
Alemanha, pode explicar o quanto o governo Trump tem interesse na maior economia
industrial da Europa, e sem o gás que vem da Rússia, o país se tornaria um
comprador de gás que os Estados Unidos procurariam vender para a Alemanha no
lugar dos russos.
A guerra na Ucrânia não terminou. Ainda que o foco
das notícias tenha por dado momento mudado de direção, esse conflito ainda pode
voltar a evidência, e muita coisa ainda pode acontecer no campo militar.
Entre os aliados de Trump na América Latina, as notícias
que tem circulado pelo mundo é que o presidente argentino, Javier Milei quer ser o mais fiel ao norte americano. Milei cogita sair do acordo de Paris
pelo clima, e retirou a Argentina da Organização Mundial de Saúde, seguindo os
Estados Unidos. Nas suas reformas, Milei
pretende imitar Musk e quer cortar
ainda mais funcionalidades públicas no país.
O Brasil, por sua vez que deveria ser um aliado da
Nova Rota da Seda, para se fortalecer enquanto nação soberana parece estar
muito longe disso. O país tem se afastado da China nas palavras de Elias Jabour, e isso pode ser um grande
erro do governo Lula.
Enquanto, Canadá e México respiram mais um mês, na trégua
dada por Trump na guerra comercial, o presidente do Panamá retirou seu país da
Nova Rota da Seda. Após viagem de Rubio, secretário de Trump, o canal do Panamá
está mais perto dos norte-americanos.
[1] Acho que o primeiro destaque que devo pontuar é sobre meu contato com o italiano, eu gosto do idioma, e consumo muita notícia, inclusive, filmes deste idioma. Na Alemanha, eu tenho visto muito do que estão falando das eleições que acontecem depois do dia 20-02-2025, e o tema é a extrema-direita e os imigrantes. Na Inglaterra, o tema recorrente é a economia, com destaque sempre ao que tem saído na revista The Economist, passando por jornais como The Guardian, e outros como por exemplo, The Critic.
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