Em mente o
barulho
Por tanto tempo
me preparei,
e quis muito
estar aqui.
Agora: quero
voltar, pois
não me vejo no
que via,
nem no que
percebia,
só tenho à voz no
barulho.
A mente percebe
o sabor,
degusta minhas náuseas,
depois de algum
tempo,
clama-me o
barulho.
No calor do
barulho,
uma mente se
extrai. Tempos
decodificam-se
em espaços
de silêncios.
Por querer, muito,
ser mútuo: sou
palavras da mente.
No som é
uníssono: acalma-se,
oh, mente. E
quando não há escuta,
só vejo o cúbico
aumentar e, me vejo,
além, por
segundos: deixo-o na mente e
torno-me
barulho.
Ao recepcionar o
silêncio, à medida
que viro ou
torno-me barulho, sou
aquilo que
ninguém quer ser. Se isso
é liberdade eu
não sei, se isso é sonho
eu não sei;
então o que é o barulho?
Se a mente quer
lhe dizer espere, quem
de nós louvará o
barulho, que nada mais
é, do que um
sonho de viver: em mente o barulho.
Milton Lima
24-11-2016 *14h: 08mnt
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