Ontem lembrei de você:
Parecia que estava só.
Sim,
Apenas prestava atenção
na brisa.
Andei
só e em ti pensei:
Como lidar com tanta
brisa. O mar
Ainda estava longe do
meu alcance.
Ao caminhar só
pensava no mar:
Um tempo e uma
promessa dizia-me
Silêncio: quem viu o
que está no ar?
Ou melhor, quem o sentiu:
O vento que partiu
diz-nos de certo frio
Da madrugada e lá
habitava a saudade. Quem?
Viu o que está
acontecendo:
Sei lá. É algo raro
de muita brisa no ar.
É água que habita na
dúvida?
Hoje só quis falar de você:
Contava os sorrisos
no silêncio
E o elogio do mar
beijava-me.
Loucura, sim, hoje
pensar é isso:
Tentar na razão algo
que foge do coração
Nada muito fácil de
viver.
Contei com a memória
para não pensar:
Em como queria ser
vento. Ser brisa e
Assim ser o mundo que
é seu, e tocar o mar.
No percurso das horas
a brisa se foi:
Levou o perfume esse
que era doce,
O que pensei em falar
de você hoje?
Na pura verdade eu
penso em dizer:
A música que bebeu
dessa água
Pode ser brisa,
vento, mas hoje:
Ela quer de ti um
espaço, onde?
Nos olhos que é alma,
na mente que é
Memória que é o dia
de hoje.
Ontem lembrei de você...
Milton Lima
02-11-2017
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