By Milton Lima
17-02-2025
Incrível como o ser humano foi engolido pelo seu
próprio ego. A segunda semana de fevereiro, em, as notícias que eu li pelo
mundo, traz consigo uma reflexão sobre o último desejo humano, sobreviver e
viver com dignidade.
Ao passo que caminhamos rumo ao abismo, olhamos uma
Europa perdida com sua defesa em alerta, afinal a energia aumenta, a indústria
diminui, e partidos políticos como AfD na
Alemanha, ditam o tom da expulsão dos imigrantes daquele país.
De acordo com a Agência Federal de Estatística da
Alemanha, cerca de 21,2 milhões de pessoas estrangeiras vivem no país. A
Alemanha conta com aproximadamente 83,5 milhões de habitantes na soma total, de
acordo com o órgão. (EL PAIS, 2025).
A maioria deste número de imigrantes vivendo no país
é considerada da segunda e terceira geração. Traduzindo em números, cerca de
14,1 milhões nasceram no exterior. No país, em 2024, segundo o órgão de
estatística “havia aproximadamente 3,48 milhões de refugiados”.
A política, a guerra e o ego humano
Os temas em volta de cada semana que vem compondo o
ano, tema após tema, não mudam tanto o teor da sentença dada ao ser humano, ou
seja, defenda a sua liberdade individual dos perigos externos, seja qual
inimigo for, estamos em guerra.
A política em qualquer lugar do globo é muito mais
suja do que aparenta ser. Não importa tratado, diplomacia, o que vale, é o ego
humano para ditar quem vive e pronto, Racionais
MC’s, vejam vocês quem morre.
Conforme vimos esses dados também poderiam ser
compilados a qualquer lugar do globo, mas por um motivo específico, das duas
partes, quem os anuncia para o público geral, que vem marcado por um viés
político e para este pesquisador, trata-se da única forma de jogar luz para os
leitores para um outro lado da moeda na questão política da guerra.
Quando voltamos para Alemanha, especificamente para a
cidade de Berlin, onde se estima viver uma população de 3,9 milhões de habitantes,
em 2025 os dados apontam que 965.000 destes habitantes são estrangeiros. (EL
PAIS, 2025).
Ainda segundo o órgão a cidade de Berlin recebeu no último
ano 60.353 ucranianos, 40.321 sírios e 20.353 afegãos. Esses números são
elevados aos que aguardam em aeroportos uma solução para entrar no país. O
governo alemão solicitou um crédito de 500 milhões de euros para construção de
lugares para os refugiados.
O ego humano faz de bilionários como Elon Musk simplesmente
fingirem que o problema da humanidade é pautado por um viés ideológico apontado
para uma esquerda. Deste modo, sem nenhum tipo de constrangimento eles defendem
partidos de extrema-direita como no caso da Alemanha, que terá eleições nos próximos
dias, tendo a AfD grandes chances de assumir o poder.
Voltamos à política de guerra. O caos social
produzido pelas guerras que expulsam povos de seus territórios demanda um olhar
para além da superfície. Na superfície é fácil entender que a existe uma lógica
para os cultos à intolerância religiosa, xenofobia, homofobia e racismo. E,
isso é simples de entender, porque eles escolhem um inimigo comum.
O caso da Alemanha é emblemático. O país, uma potência
na Europa, com uma economia estabilizada está sendo corroído por dentro. O
processo de desestabilização política também busca uma outra moral. Desde a II
Guerra Mundial, com os fantasmas do Nazismo, a Alemanha não pode produzir armas
nucleares, e olha nas suas fronteiras todos muito bem municiados por elas. A
moral perdida no seio militar é a que menos se discute com a guerra santa. Outra
vez uma lógica é friamente calculada, e os inimigos volta-se para o mais fácil
de ser eliminado, no caso os refugiados, os imigrantes.
A Alemanha vive um momento delicado e povo outra vez
deve sofrer as conseqüências, seguimos de perto os próximos passos desta incrível
condição humana de se deixar enganar por um sistema pronto para nos devorar,
seja lá ou aqui, no fim estamos todos os 99% no mesmo barco fadado a humilhação.
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