Wednesday, December 3, 2014

Gerenciamento: Água sua falta é a transparência do sistema.



  
Ao comentar a crise hídrica no Estado de São Paulo, desde já, conto com apoio de materiais de colegas, já mencionados por ora aqui neste espaço, e de uma entrevista recente na temática crise da água em São Paulo.

O impacto da crise ainda não foi sentido, embora sua falta ganhe uma magnitude importante na mega cidade de São Paulo. Tal afirmação tem base nos seguintes preceitos: Educação, Política e Economia.

A criação de planos tem por responsabilidade cobrar. Os planos são: Planejados, Responsabilizados e Financiados. Quando usamos o termo “escassez”, poderia sim, usar a falta d’ água, porém, a questão é mais estratégica. 




Quando digo que o problema é político, e a crise já era prevista convido-os para lerem os textos aqui postados junto ao colega Washington Novaes. ENTREVISTA NOVAES.
 

Em 2012, escrevi neste espaço sobre a crise hídrica do nordeste. Indico a leitura para entender o porquê ainda não sentimos o impacto da crise hídrica. SECA NO NORDESTE 


EDUCAÇÃO: Não se trata de acompanhar a normose (reproduzir/consumir o que esta no “sistema”), mas ao menos referenciar outro norte. Borges poeta argentino já dizia: os mapas nem sempre são nossas realidades.

Tratar de educação é falar duramente da falta de transparência na gestão dos recursos hídricos. E quando digo em sua qualidade, bom, podemos então rever o quanto a crise não nos tocou. Do que realmente estamos sentindo falta? Será mesmo da água? Bom antes de partimos para Política e após esta ir à Educação, é bom lembrar sobre as interrogações (?). Até o findar do texto, devemos nos deparar com elas, mas o seu uso torna-se essencial aos desafios que vamos enfrentar.

POLÍTICA: A água é um recurso finito, um bem natural, e tem muito valor em escala de múltiplos usos. Cabendo assim ao poder público através de políticas públicas, informarem a sociedade dos problemas inerentes que envolvem a sua gestão.  

A capital paulista em termos de abastecimento depende exclusivamente de águas superficiais, estas alocadas em represas. Temos visto muita depredação nos leitos dos rios, e só têm nos restado a opção de possível tratamento de água nas represas, Billings, Guarapiranga e Cantareira. Além de águas superficiais temos outras fontes tais, como as águas subterrâneas por exemplo.

O impacto de uma política que não visa à responsabilidade compartilhada, e não busca a relação de qualidade com o valor ao que se usa, com o que se paga, fica muito conflituosa a relação. O porquê evitar o desmatamento? Qual impacto tem as grandes indústrias no consumo de água? Onde tem efeito caótico a disposição de resíduos (águas residuárias)? Isto implica na condição de saúde pública?

Compartilho uma entrevista de um amigo professor de geografia, que nos ajuda a compreender o gerenciamento e a transparência do sistema na crise hídrica em São Paulo. Anderson Cinati (Entrevista Completa ) trouxe as seguintes informações:
Volume morto (reserva técnica ou inativa do manancial): é utilizado somente em situações de emergência. Está localizado abaixo dos níveis de captação.

“Em relação à qualidade da água, o que acontece é que esse volume morto poderia conter metais pesados e ser altamente prejudicial à saúde. O Governo do Estado afirma que foram feitas análises e que ele é seguro”, explica Anderson Cinati.

.Rios voadores: circuito d’água invisível que percorre a atmosfera. É a umidade gerada pela Amazônia que se dispersa por todo o continente sul-americano. Suas principais regiões de destino são Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

.Aquíferos: formação geológica rochosa capaz de armazenar e ceder:

.Água subterrânea, abastecendo poços artesanais e fontes de água doce.

.Sistema Cantareira: é formado pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Juntas, fornecem água para cerca de 9milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo. Além delas, outros cinco sistemas abastecem essa área: Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande, Alto Cotia e Rio Claro.


ECONOMIA: O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – tem diversas relações com os recursos hídricos, uma é a qualidade de vida. Mas a expectativa de qualidade é muito complexa. No entanto, ao propósito do texto daremos as seguintes direções: renda per capita, educação, saúde pública.

Quando se escuta soar a preocupação com o nível alarmante de doenças de veiculação hídrica. É comum acreditar que a enchente é a grande vilã da história. Mas e o PIB – Produto Interno Bruto – esta relacionado de alguma forma com a qualidade da gestão hídrica? Qual segmento tem aumentado sua cadeia de insumo-produto contribuindo para o crescimento econômico pautado no PIB? O que torna esta discussão tangível ao produto, sobre a ótica holística dos impactos? Mudanças Climáticas, Fome, Crises Energéticas e Hídricas? Contudo cabe a pergunta houve redução do consumo?

Importante ressaltar que a crise da qual nos deparamos agora, ainda não foi sentida. Pois, a questão estratégica é muito maior que imaginamos.

São discutidas questões pautadas somente na demanda, exato, pela água, e por se tratar de abastecimento humano. A pesquisa de contingentes que relatam uma enorme população para as próximas décadas.  

A transparência é um modelo de um sistema já falido. Consumo e mais consumo. Carro e mais carro. Riquezas e mais bens. E os bens naturais até ontem visível estão secando. E com ele vai necessariamente um recado, o bem que você quer é o que você precisa?

Ainda que o consumo já tenha lhe deixado cego. Ainda que a normose, lute para lhe alienar, agora é a sua vez de provocar. Será este o legado que vamos deixar? Ainda pensando no futuro “não haverá água” ou no passado “quanta água desperdicei” ou será a nossa provocação agora: Água uma luta pela vida, regrada pela paz e o valor do ser humano livre do ego.





                 




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