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Wednesday, December 3, 2014

Gerenciamento: Água sua falta é a transparência do sistema.



  
Ao comentar a crise hídrica no Estado de São Paulo, desde já, conto com apoio de materiais de colegas, já mencionados por ora aqui neste espaço, e de uma entrevista recente na temática crise da água em São Paulo.

O impacto da crise ainda não foi sentido, embora sua falta ganhe uma magnitude importante na mega cidade de São Paulo. Tal afirmação tem base nos seguintes preceitos: Educação, Política e Economia.

A criação de planos tem por responsabilidade cobrar. Os planos são: Planejados, Responsabilizados e Financiados. Quando usamos o termo “escassez”, poderia sim, usar a falta d’ água, porém, a questão é mais estratégica. 




Quando digo que o problema é político, e a crise já era prevista convido-os para lerem os textos aqui postados junto ao colega Washington Novaes. ENTREVISTA NOVAES.
 

Em 2012, escrevi neste espaço sobre a crise hídrica do nordeste. Indico a leitura para entender o porquê ainda não sentimos o impacto da crise hídrica. SECA NO NORDESTE 


EDUCAÇÃO: Não se trata de acompanhar a normose (reproduzir/consumir o que esta no “sistema”), mas ao menos referenciar outro norte. Borges poeta argentino já dizia: os mapas nem sempre são nossas realidades.

Tratar de educação é falar duramente da falta de transparência na gestão dos recursos hídricos. E quando digo em sua qualidade, bom, podemos então rever o quanto a crise não nos tocou. Do que realmente estamos sentindo falta? Será mesmo da água? Bom antes de partimos para Política e após esta ir à Educação, é bom lembrar sobre as interrogações (?). Até o findar do texto, devemos nos deparar com elas, mas o seu uso torna-se essencial aos desafios que vamos enfrentar.

POLÍTICA: A água é um recurso finito, um bem natural, e tem muito valor em escala de múltiplos usos. Cabendo assim ao poder público através de políticas públicas, informarem a sociedade dos problemas inerentes que envolvem a sua gestão.  

A capital paulista em termos de abastecimento depende exclusivamente de águas superficiais, estas alocadas em represas. Temos visto muita depredação nos leitos dos rios, e só têm nos restado a opção de possível tratamento de água nas represas, Billings, Guarapiranga e Cantareira. Além de águas superficiais temos outras fontes tais, como as águas subterrâneas por exemplo.

O impacto de uma política que não visa à responsabilidade compartilhada, e não busca a relação de qualidade com o valor ao que se usa, com o que se paga, fica muito conflituosa a relação. O porquê evitar o desmatamento? Qual impacto tem as grandes indústrias no consumo de água? Onde tem efeito caótico a disposição de resíduos (águas residuárias)? Isto implica na condição de saúde pública?

Compartilho uma entrevista de um amigo professor de geografia, que nos ajuda a compreender o gerenciamento e a transparência do sistema na crise hídrica em São Paulo. Anderson Cinati (Entrevista Completa ) trouxe as seguintes informações:
Volume morto (reserva técnica ou inativa do manancial): é utilizado somente em situações de emergência. Está localizado abaixo dos níveis de captação.

“Em relação à qualidade da água, o que acontece é que esse volume morto poderia conter metais pesados e ser altamente prejudicial à saúde. O Governo do Estado afirma que foram feitas análises e que ele é seguro”, explica Anderson Cinati.

.Rios voadores: circuito d’água invisível que percorre a atmosfera. É a umidade gerada pela Amazônia que se dispersa por todo o continente sul-americano. Suas principais regiões de destino são Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

.Aquíferos: formação geológica rochosa capaz de armazenar e ceder:

.Água subterrânea, abastecendo poços artesanais e fontes de água doce.

.Sistema Cantareira: é formado pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Juntas, fornecem água para cerca de 9milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo. Além delas, outros cinco sistemas abastecem essa área: Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande, Alto Cotia e Rio Claro.


ECONOMIA: O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – tem diversas relações com os recursos hídricos, uma é a qualidade de vida. Mas a expectativa de qualidade é muito complexa. No entanto, ao propósito do texto daremos as seguintes direções: renda per capita, educação, saúde pública.

Quando se escuta soar a preocupação com o nível alarmante de doenças de veiculação hídrica. É comum acreditar que a enchente é a grande vilã da história. Mas e o PIB – Produto Interno Bruto – esta relacionado de alguma forma com a qualidade da gestão hídrica? Qual segmento tem aumentado sua cadeia de insumo-produto contribuindo para o crescimento econômico pautado no PIB? O que torna esta discussão tangível ao produto, sobre a ótica holística dos impactos? Mudanças Climáticas, Fome, Crises Energéticas e Hídricas? Contudo cabe a pergunta houve redução do consumo?

Importante ressaltar que a crise da qual nos deparamos agora, ainda não foi sentida. Pois, a questão estratégica é muito maior que imaginamos.

São discutidas questões pautadas somente na demanda, exato, pela água, e por se tratar de abastecimento humano. A pesquisa de contingentes que relatam uma enorme população para as próximas décadas.  

A transparência é um modelo de um sistema já falido. Consumo e mais consumo. Carro e mais carro. Riquezas e mais bens. E os bens naturais até ontem visível estão secando. E com ele vai necessariamente um recado, o bem que você quer é o que você precisa?

Ainda que o consumo já tenha lhe deixado cego. Ainda que a normose, lute para lhe alienar, agora é a sua vez de provocar. Será este o legado que vamos deixar? Ainda pensando no futuro “não haverá água” ou no passado “quanta água desperdicei” ou será a nossa provocação agora: Água uma luta pela vida, regrada pela paz e o valor do ser humano livre do ego.





                 




Friday, April 19, 2013

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA




Construindo opinião (característica intrínseca de um leitor) escrevendo, logo resistindo. Caros(as) leitores(as) com este texto, procuro relacionar a dificuldade de escrever, e resistir. Procurando (re) ler e fazer uma avaliação comparativa de cada momento, passo aqui neste espaço de trocas e compartilhamentos extrair o máximo do tempo que ainda tenho a resistir propondo. E não mais repetirei a palavra resistir, na escrita aqui proposta, pois, o texto e a chamada está bem clara a importância da leitura.
Note a imagem acima é uma mini biblioteca, pessoal e com diversos livros técnicos, a mesma já ganhou novos habitantes, que procurarei usar apenas, um autor que conheci a pouco tempo, que escreve e pesquisa sobre educação ambiental. No entanto, com objetivo de provocar e ao mesmo tempo opinar à partir de informações, que disponho na minha biblioteca pessoal, usarei mais duas fotos extraídas do banco de dados que obtenho arquivado a respeito de matérias ambientais que saíram em veículos de comunicação neste caso específico jornais, e aqui a fonte será o Estado de São Paulo (ESTADÃO).
Antes de colocar as imagens e dar continuidade na escrita reforço a ideia da importância da leitura. E digo mais: Já se perguntou o que leva uma pessoa a se expor e escrever? Será esta compreendida? Queira ou não queira serás julgado(a)? Pelo o que escreve e como escreve, independente da forma que vão lhe interpretar... Pense nisso?




3/08/2010- Data correspondente da primeira imagem. [1]
16/04/2013- Data correspondente a segunda imagem. [2]
Dada as imagens cujo cunho de importância se dá ao espaço Planeta deste Jornal já citado. A segunda imagem está em um espaço razoavelmente pequeno em espaço considerado pequeno com uma matéria no espaço planeta. A primeira diz respeito ao Código Florestal, com diversas matérias sobre o Meio Ambiente.  As duas estão no mesmo espaço, então qual leitura você faz das imagens? Como já havia lembrado propor e (...).
Poderia filosofar sim poderia, mas não é o caso. A ideia é simples conhecer o que se lê e procurar ir além. As imagens me deram a chance de escrever a partir das mesmas sobre a importância da leitura. E me propondo a dialogar com o/a(s) leitor(es/as) uso o recurso da imagem para dizer uma opinião que traduz na proposta pelo espaço de comunicação que o blog procura ocupar.
Então somente duas imagens podem realmente representar aquilo que pretendo dizer com a importância do ato de ler da chamada do Texto: A Importância da Leitura. É suficiente?
Como já havia comentado antes, procurarei explicitar em forma de construção do ser/político/cidadão/formador/de/opinião a leitura que faço das imagens.
Partindo para o novo habitante da minha biblioteca que usarei neste texto o autor Valdo Barcelos, traz uma reflexão que tomarei emprestado para explicar a minha motivação para escrever, e correr tal risco é antes de tudo uma consequência da razão. Especialmente quando sabe-se escutar. (BARCELOS, pag.23, 2008) diz: Considero escutar muito diferente de ouvir- “Ouvir, ouvimos muita coisa, e o tempo inteiro”. Já escutar- “Do latim auscultar: atentar para aquilo que vem de dentro.”  
Educação Ambiental o autor escreveu o livro sobre princípios, metodologias e atitudes sobre o tema, o qual se encontra no meu acervo pessoal e já tive o prazer de ler. O tema de Educação Ambiental, onde fala-se muito hoje em dia. E assim como tomei emprestado o que disse o Barcelos[3] escutar é diferente de ouvir. Então a forma até particular de caminhar neste espaço (blog) do escutar aquilo que vem de dentro.
Assim o saber vem à tona trazendo consigo a leitura de fatos, acontecimentos, diferenças e principalmente de práticas. E usando ainda o autor (Idem), para indicar o que procuro dizer:
A expressão saber aqui tomo emprestada de Paulo Sarmento Guerra (2001). Para este autor saber é o meu repertório de conhecimentos- os livros que li, os quadros que vi, as músicas que ouvi, as conversas de que participei, etc.- é aquilo de que posso lembrar. É um repertório pessoal e intransferível. Só eu sei o que sei. Ninguém saberá o que sei. Já o conhecimento é o que sei em conjunto com os outros. O saber é individual, o conhecimento coletivo, social, só se alcança pela troca de saberes.



[1] Cientistas querem contribuir com o debate do novo Código florestal, (Estadão, Vida A19) Terça-Feira 3 de agosto de 2010.
[2] Camarões são achados mortos em S. Sebastião, (Estadão, Vida A15) Terça-Feira 16 de Abril de 2013.
[3] BARCELOS, Valdo. Educação Ambiental: Sobre princípios, metodologias e atitudes. Rio de Janeiro, Rj: Vozes, 2008. 119 p.

Saturday, November 24, 2012

Reeducar 2 Parte Continuação


REEDUCAR
“... não há o desejo de preencher uma função na forma majoritária, mas antes uma vontade apta para afirmar a inexistência de um mundo verdadeiro- que a comunicação, a significação e a representação exprimiriam. Por isso, essa vontade incita à invenção tornando os elementos formados de uma ecologia maior “ agentes, engrenagens conexas” , para que exprimam a invenção ou a maquinação de uma outra forma de pensar e sentir.” GODOY, p.60, 2008.

Uma forma de olhar “Pensar e Sentir”.

“... la satisfacción de esta necesidad, afirma Simone Weil, referindo-se à responsabilidade, exige que um hombre tenga que tomar a menudo decisiones em problemas, grandes o pequeños, que afectan intereses ajenos a los suyos propios, pero com los quales se siente comprometido (Weil, 1954, pag.31).

O Reeducar é uma oportunidade de criar o novo, *novo olhar* (crítico e responsável) Asi, pues, afirma categoricamente mannheim, sólo uma educación consciente de las necesidade de una sociedad de masas, que se enfrente conscientemente a los problemas de la seguridade del “ ego”, y el arraigamento de las personas podrá crear personalidades capaces de detener el crescimento de la mentalidad de masas. (Mannheim, 1953, p.293).

A Educação Ambiental transformadora e ao mesmo tempo utópica tem o papel de quebrar paradigmas, resgatar valores, os mesmos que se foram perdidos ou jamais alcançados. Nesse processo o agente transformador e educador político e/ou social, anseia (justiça social, cidadania nacional e planetária), no âmbito individual como coletivo (AB’SABER,1993, REIGOTA,1994).

E agora os Recursos Hídricos...

A partir do olhar “Político”. Com caráter informativo e não técnico, o objetivo dos conceitos aqui colocados a partir do pressuposto reeducar, tem como premissa o conhecimento disseminado no processo de Educação Ambiental como uma prática de compartilhar saberes. No entanto, o informe aqui caracterizado olhar político se limita em cada individuo transformador de sua própria história.

No começo do Texto Reeducar 1 Parte, tem uma imagem de satélite da maior Bacia Hidrográfica do Mundo, e todos sabem o que é Bacia Hidrográfica?


Bacia Hidrográfica é a área delimitada pelos divisores de água de um sistema de arroios e rios que convergem para a mesma desembocadura.


A Bacia Hidrográfica de um determinado rio pode ser compreendida como o lugar da superfície terrestre que coleta toda a água da chuva que escoa para esse rio.
Sabendo que bacia hidrográfica tem o papel de coletar água da chuva que escoa de determinado rio, por que olhar de uma forma política e por que Reeducar?

No Brasil existe uma legislação especifica sobre as águas imposta na PNRH Política Nacional de Recursos Hídricos lei 9.433/97. E Diz que:

·         A Bacia Hidrográfica é a unidade territorial para implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de atuação no gerenciamento da água.

·         A gestão dos Recursos Hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

E para entender o objetivo e necessidade de um novo olhar é preciso ter acesso a determinadas informações.

Situação da Água no Mundo:













Situação no Brasil:

Região Nordeste:
  •  3,3% água
  •  18,3% superfície
  •  28,91% população

Região Sudeste:
  •  6% água
  •  10,8% superfície
  •  42,65% população
Região Sul:
  •  6,5% água
  •  6,8% superfície
  •  15,05% população

Região Norte:
  •  68,5% água
  •  45,3% superfície
  •  6,98% população
Região Centro-Oeste:
  •  15,7% água
  •  18,8% superfície
  •  6,41% população



Assim é a questão hídrica no Brasil, as regiões com maior índice populacional são as que menos têm águas disponíveis. E as regiões com menor índice populacional são as que têm maior volume disponível de Recursos Hídricos. A interatividade com olhar político, olhar interno, talvez utópico o compromisso de um olhar para o coletivo.

O que os conceitos e as informações de Recursos Hídricos, passa ao individuo são problemas e dificuldades que só abrange a nossa responsabilidade enquanto ser político. E a Educação Ambiental, levanta a urgência do dialogo, da historicidade, reconhecendo o seu real papel individual mudando o comportamento e a sua atitude, a sociedade não ganha um Militante de Causas Ambientais, mas sim um ser comprometido com a manutenção da Vida (SORRENTINO, 2001).

O Reeducar como pesquisa, não considera apenas um método, não busca a consolidação de uma Educação Ambiental (Formal, Não-Formal, Informal), mas busca o compromisso com a ética e transparência em uma ruptura do monopólio do Saber. A arte de Tecer a Educação Ambiental no cenário da individualidade não esta na lógica especial do Equilíbrio Ambiental. A verdadeira arte segue o sentido do valor, atitude e compromisso (SATO, 2005).


Referências Bibliográficas

Simpósio comemorativo aos 10 anos do Curso de Especialização em Educação Ambiental e Recursos Hídricos (2005: São Carlos) 1. Educação Ambiental. 2. Bacias Hidrográficas. 3. Pedagogia de projetos. 4. Pesquisa participante. 5. Interdisciplinaridade. Coordenação: Carlos Eduardo Matheus... São Carlos: CRHEA/SHS/EESC/USP, 2005.


FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira/ Paulo Freire; prefácio Fundadores do Instituto Paulo Freire: organização José Eustáquio Romão; depoimentos Paulo Rosas, Cristina Helniger Freire. – 3.ed.- São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2003.


GODOY, Ana. A menor das ecologias/ Ana Godoy- São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.


WILSON, Edward Osborne. O futuro da vida: um estudo da biosfera para a proteção de todas as espécies, inclusive a humana. Tradução de Ronaldo Sérgio de Biasi- Rio de janeiro: Campus, 2002.




Tuesday, June 26, 2012

ESTADO MENSURÁVEL!PROGRESSO E/OU RETROCESSO!


ESTADO MENSURÁVEL!PROGRESSO E/OU RETROCESSO!

Queridos, leitores, desde já, minhas desculpas pelo tempo o qual estive ausente sem publicar novas postagens. Para iniciar esse novo texto e com a liberdade de ousar o mesmo estará disponível para download, em arquivo pdf. Outra forma de divulgar o blog, com textos que podem ser compartilhados. Espero que compartilhem! baixe em pdf a postagem

Educação sem entrar no quesito Estado Mensurável, ou mesmo Progresso que sirva de perspectiva de vida ou uma imaginação impreenchível! Quanto vale o saber, e a disciplina constituição, onde alguém me diga por gentileza aonde entra a Educação como Direito e não como Serviço? Alguém pode recriar algo já criado? Meus sinceros sentimentos ao Estado convencido que também sou parte concreta da espontaneidade Retrocesso!  Se o assunto é educação, deixo ao contexto diálogos de Paulo Freire e Sérgio Guimarães em Sobre Educação...
SERGIO -... da mesma forma como não é possível estimular tudo isso...
PAULO -... sem fazer a disciplina. Da mesma forma como não era possível prescindir da disciplina em nome do “venha o que vier, porque isso é que é a liberdade e a expressividade”. Aí, para mim, seria a falsificação do imaginativo, ou da capacidade imaginativa; seria a destruição da própria criatividade, um “ir não saber onde”
“... é urgente, por isso mesmo – me parece também – que a escola ofereça situações concretas, ou se sirva das que já existem nela ou fora dela, para que as crianças, sem espontaneísmos, mas espontâneas, se exercitem na formação da sua intelectual. (FREIRE, GUIMARÃES 1982).”

Agora, o que me parece trágico, diante disso, é que, se tudo isoo que a gente está discutindo aqui é verdadeiro – o que é terrível... e agora eu me lembro e volto à página 94 da minha velha tese, que já citei anteriormente, e em que eu dizia:

“... Não será, porém, com essa escola de quatro e até três horas diárias, parada mais de três meses ao ano; com professores mal preparados, devido mesmo à deficiência das Escolas Normais; escola perdida, toda ela ou quase toda, no nervosismo imposto pelo cumprimento dos programas, feitos às vezes até revelando certa intimidade com problemas locais e regionais, mas cedo verbalizados, transformados assim em noções que se ditam e impõem ao educando; não será com essa escola que se integrará esse educando academizado com as realidades agora desgraçadamente nocionalizadas (e não nacionalizadas); escola que, diminuída no seu tempo, está intimamente ligada à falsa concepção que Anísio Teixeira chama de concepção mágica ou mística da escola. (IDEM).”

E digo mais:
“... Não será ainda com essa escola, mal preparada materialmente, sem equipamentos, sem adequado material didático, sem condições higiênicas, sem vitalidade, sem verba, que poderemos ajudar o educando a inserir-se no processo do nosso desenvolvimento. (IDEM).”

Isso foi escrito em 58! E parece que eu estava escrevendo hoje, não?
Mas eu digo mais ainda:

“... Não será com o descaso ainda ostensivo dos poderes públicos, sobretudo federais, quanto ao problema da escola primária brasileira, que faremos uma escola primária capaz de cumprir sua tarefa de educação básica, fundamental ao povo brasileiro.
Nada ou quase nada – que desenvolva no nosso estudante o gosto da pesquisa, da constatação, da revisão dos achados, que implicaria o desenvolvimento da consciência crítica – estamos fazendo em nossa escola. Pelo contrário, o seu comportamento perigosamente superposto à realidade ou a sua contextura tempo-espacial intensifia no nosso estudante a sua ingenuidade. A própria posição de nossa escola, acalentada ela mesma pela sonoridade da palavra fácil, pela memorização de trechos enormes, pela desvinculação da realidade, pela tendência a reduzir todos os meios de aprendizagem às formas meramente nocionais, já é uma posição caracteristicamente ingênua.
Cada vez mais nos convencemos. Aliás, de se encontrarem na nossa inexperiência democrática as raízes desse nosso gosto da palavra oca, do verbo, da ênfase nos discursos, do torneio da frase. É que toda essa manifestação oratória, quase sempre também sem profundidade, revela antes de tudo uma atitude mental, revela uma certa ausência de permeabilidade, característica de uma consciência crítica. E é precisamente a criticidade a nota fundamental de uma mentalidade aberta e democrática.

 O Progresso Sustentável! O Retrocesso do Ser Crítico! Cadê meu Direito a Educação! Greves! Federais! Manifestação! A raiz é aí que precisa ser tangível... Não Sou a Razão nem tão pouco a Solução, mas comigo pode haver uma Revolução, com todo respeito digo isso com a EDUCAÇÂO.
Por: miltonpalmeiras@yahoo.com.br Conexão Terra.






[1] Sobre Educação (Diálogos) Paulo Freire e Sérgio Guimarães. Volume I. Paz e Terra, 1982.

Friday, June 1, 2012

Ignorância&Conhecimento Percepção Sustentabilidade

A sua compreensão do feito “História”.
Relevante ou não para você depende muito de uma
Verdade ou um Erro seja por minha Ignorância ou Conhecimento.

Além de uma boa percepção o seguinte texto chama atenção, para um conhecimento interessante e nosso. História, Índios, Cultura...

THEODORE DREISER (1967) CONHECIMENTO.

a)       Verdade e Erro. Conhecimento e Ignorância
“... Toda percepção da verdade é o descobrimento de uma analogia, racionamos das mãos para a cabeça. A verdade não tem propriamente nenhum inimigo porque nada se coloca de tal modo no outro lado a ponto de chegar a se opor a ela. Olha para todos os lados e não vê adversário. A verdade o é por referência ao coração intimo do homem e não a qualquer padrão externo. Não há credo, por falso que seja, que a fé não consiga tornar verdadeiro. Como se um pensamento sincero não fosse a melhor espécie de verdade!... se eu compilasse um volume contendo a condensação da sabedoria humana, não citaria nenhuma linha sem ritmo. A única maneira de falar a verdade é falar com amor; só as palavras do ser amado são ouvidas. O intelecto não deveria falar nunca: não é um som natural. Dreiser, pag. 186

Caros leitores, após simples conferência de história embasada em uma questão Conhecimento. Ao que se refere à percepção e Índios, teremos nesse espaço entre falas e opiniões das quais necessitamos de Cultura. E além de uma experiência do Chef Almir Surui, expresso em palestra a qual estive presente e faço questão de escrever sobre a Sustentabilidade do Povo Surui. O texto nos chama a curiosidade de temas como Belo Monte nossa próxima Postagem, atual se limitaremos a em frisar uma postagem que será difícil encontrar palavras para tanta frustração, regresso e Conhecimentos Anulados.
“... o que existe no que, com tanta jactância, chamamos de nosso conhecimento, não é senão a presunção de saber alguma coisa que nos rouba as vantagens de nossa ignorância. Porque a ignorância de um homem é, por vezes, não somente útil como bela, enquanto o seu conhecimento é mais freqüentemente nefasto do que útil, além de ser feio. Em relação a coisas que têm realmente importância, há alguém cujo saber vá além da consciência de sua ignorância? E, no entanto, haverá algum conhecimento mais revigorante e inspirador do que esse? IDEM.

MP, o que Seria. No caso a mesma citada trata de Medida Provisória e refere-se a 558, reduzindo o tamanho das Unidades de Conservações da Amazônia, com intuito de construir hidrelétricas. São consideradas 4 Usinas, e beneficiadas com a redução de nossas áreas de proteção a qual segundo a Constituição não poderia sofrer mudanças. E uma Medida provisória resolve o problema ou não?

O texto reduz o tamanho de 8 UCs, isso equivale a um total de 161 mil hectares, são as Seguintes florestas reduzidas (Itaitubana I e II, Parque Nacional dos Campos Amazônicos, “ “ Mapinguari, “ “ Amazônia, Floresta Nacional de Crepori, Floresta Nacional dos Tapajós, Área de proteção Ambiental Tapajós).


Ainda se pergunta o que isso tem haver com Belo Monte? Hidrelétricas, “Desenvolvimento”, Energia vai faltar isso o que eles dizem. Como Diz Dreiser:
“... alguns espíritos têm tão pouca lógica e tão poucos argumentos como a natureza; não podem expor nem imaginar nenhum motivo, porém exibem o fato solene e incontrovertível... Sua lógica silenciosa e prática convence ao mesmo tempo a razão e a compreensão. Dessa espécie é sempre a única pergunta adequada e a única resposta satisfatória. Há um abismo entre o conhecimento e a ignorância, que as pontes da ciência jamais poderão transpor.

E com uma pequena e feliz menção o progresso não é esse que estão vendendo, e a crítica se faz presente ao simples fato da MP Aguardem Belo Monte, dia 03/06 Contraponto ao dia 05/ de junho, comemorado dia do Meio Ambiente. Rio +20, Não o que nos move em escrever nesse espaço não é o que todos procuram falar, mais sim o que poucos se limitam a estudar e ter um embasamento a se pronunciar, de todo o complexo e atual texto, o alcance de interpretação é nosso. Portanto, não se iluda com alguns argumentos a opinião é forte e, um referencial Conhecimento e Ignorância estão nesse impasse... Após o último ponto final de Conhecimento DREISER, Almir Sarui em sua aula de planejamento na Palestra, se fez necessário e tudo há o que contestar, então prossiga DREISER...
“... o conhecimento de um homem inculto é vivo e exuberante como uma floresta, porém coberto de musgo e liquens e, a maior parte das vezes, inacessível e desperdiçado; o conhecimento de um cientista é como a madeira reunida nos pátios e destinada a obras públicas, notando-se ainda aqui e acolá alguns rebentos verdes, mas que acabarão por secar. Não sei em que literatura, clássica ou moderna, encontrarei uma explicação adequada da Natureza que conheço. A que mais se aproxima dela é a Mitologia. Quanto aos livros e à adequação de suas... verdades, eles são como a torre de Babel em relação ao céu. O homem pode apenas exprimir a sua relação com a verdade, mas não a verdade em si mesma.

Almir Surui,
Hoje estou ocupando líder da BORH, que significa líder maior do povo SURUI. Meu povo só tem 42 anos de contato com a sociedade nacional, que foi desde o dia 07/09/1969. Nós somos PAITÉS, (Povo Verdadeiro) e os SURUIS foram dados como não indígenas e como eu falei o contato aconteceu em 69.
O meu povo diz que antes de contato nos éramos mais de 5 mil pessoas, 2 anos após contato nós chegamos de 250 a 290 pessoas. Hoje nos somos aproximadamente 1.350 pessoas 25 aldeias e somos falantes da língua TUPIMUNDE. Aqui está nosso território (MAPA, na Palestra, não disponível no texto redigido aqui) nos ocupamos uma área de 240 mil hectares de floresta e hoje 95% preservado, em 2000 tinha mais de 7% desmatado conseguimos reflorestar 2% disso hoje temos 95% preservados.
Além de diminuição de população o contato vieram outros problemas em nosso território durante ocupação do estado de Rondônia e Também Mato Grosso. Como eu falei Doenças que levou o povo SURUI a diminuir a população, também diminuição do território porque antes o território do SURUI era muito mais. E durante a ocupação também vieram Madeireiros, Grileiros e outros invasores. Por que naquele época, década 1970, o governo brasileiro fazia uma campanha que naquele região não tinha pessoas, então outras pessoas de outras região do Brasil foram lá ocupar de qualquer jeito. Então, assim tomaram muitas terras não somente dos SURUIS, então isso levou grande área de desmatamento. Inclusive do povo SURUI e com isso tudo o desenvolvimento foram atuando e ocupando nossas áreas e onde, qualquer uma pessoa do povo SURUI foram buscar a qualidade de vida. Consumir industrializado, então eles queriam desvalorizar a sua cultura, isso trouxeram grande reflexão a partir disso. Se sabe que existe as políticas públicas é um instrumento para buscar benefícios coletivos de população como todo.
Isso trouxe reflexão para o nosso povo, pois precisamos buscar soluções para o nosso povo. E em 1992 eu fui eleito como um dos lideres do povo SURUI, quando eu tinha 17 anos de idade, e 5 anos após em 1997 junto com outros lideres idealizei plano de 50 anos do povo SURUI. A partir de onde criar um plano estratégico do povo SURUI, nós falamos primeiro devemos fazer um diagnóstico do território. O problema do povo SURUI, quais os potenciais econômicos, ambientais e culturais que o território tem pra que se pudesse buscar soluções de fortalecer a Economia. Então fizemos diagnóstico e isso transformou em plano de gestão de 50 anos SURUI.
Baseado em várias pesquisas levantamento biológico de vegetação, mapeamento cultural, e também temos os termos que foram assinados pelos clãs, o povo PAITE são composto por 4 clãs significa família eu acho. Então cada clã também tem seu líder, tivemos que trazer o dialogo com esses clãs, para construir esse plano de 50 anos, que traz uma visão de futuro mesmo do povo SURUI. Então trazer uma reflexão do desenvolvimento atual, e até mesmo de políticas públicas atuais, tivemos vários reuniões e assim definimos dentro do plano 50 anos 7,8 programas maiores.
Prioritários que é: “MEIO AMBIENTE, CULTURA, ECONOMIA SUSTENTABILIDADE ECONOMICA, SAÚDE, EDUCAÇÃO, FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL”. Dentro da área de MEIO AMBIENTE temos projetos importantíssimo pra gente. Uma dessa é 2% que conseguimos reflorestar é o projeto de reflorestamento, isso a gente começou em 2004. Depois o projeto Carbono SURUI, porque são importantíssimo pra gente, por que assim a partir desse projeto a gente quer mostrar que é possível trabalhar MEIO AMBIENTE na visão de futuro e fortalecer assim a Economia. Mostrar potencial econômico da floresta, que poucas pessoas sabem que isso aconteceu e aproveitou a floresta para o fortalecimento da Economia, que é traçar ou cortar um caminho para que a gente pudesse juntar floresta, tecnologia e economia, para refletir e como ajustar o desenvolvimento que temos hoje. Por que desenvolvimento muitas vezes pensam para qualidade de vida das pessoas, porque nos temos hoje pelo menos na Amazônia, por que primeiro temos que pensar nas pessoas que estão vivendo naquele lugar, então nosso desenvolvimento hoje estão mau planejado.
Então esse plano não da pra fugir do dialogo e isso envolve políticas públicas, o governo, conhecimentos tecnológicos, conhecimento tradicional. Está na hora de nos aliar para construir esse conhecimento, e que todo mundo seja inserido e valorizar claro o conhecimento de todos. Hoje no século 21, o Brasil tem conhecimento suficiente para mudar um futuro melhor para todo mundo. Não se limita no futuro do povo SURUI, ou do povo Brasileiro, é do mundo, nós estamos no mesmo Planeta, desde enchente, desde mudanças de climas, crise econômica em tudo.
Então é hora de a gente refletir e dizer temos que estar juntos e buscar construir o caminho que nos precisamos seres humanos.

_________________________________Parabéns ao Almir, grande palestra e ainda falou muita coisa legal, porém essas palavras aqui escritas de sua fala nos convidam a uma reflexão.

Por, miltonpalmeiras@yahoo.com.br Conexão Terra. 01/06/2012, 17h:10mnt.


Wednesday, April 18, 2012

Onde Estão suas Tietes Vídeo Educação Ambiental MMA

Apresenta a história do Rio Tietê e como se encontra atualmente. Trata da poluição das águas que acarreta graves riscos à saúde. Mostra a cidade de Salto, onde passa a cachoeira do Rio Tietê e a cidade de Porto Feliz, onde se situa o Parque das Monções. Discorre sobre o represamento do rio. Finaliza mostrando o investimento no turismo citando a cidade de Araçatuba.

Apoio: Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA/Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal.



Saudação, Ambientalista, Milton.

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