Tuesday, June 9, 2015

Fábrica

FÁBRICA

Espero encontrar você aqui: menino/menina produto da vida.
Perante a regência: siga o ritmo. Não ouse parar. Não pare!
Sempre tenha um bom conselho... Na dúvida tente o silêncio.
Sua inspiração é como um palco: luz que vem lá do alto...
Existe no caminho obstáculos, mas que graça teria sem eles?
O espaço não é mensurável, ele é reflexivo, atemporal, sempre.

Agora mesmo tive vontade de gritar: eu não sou água!
Quero que vocês entendam de uma vez por todas: o que sou!
Terra? Ar? Fogo? Animal? Vegetal? Mineral? Já disse: eu sou...
Menino/menina como assim? Entre a vida e os cosmos: surge você!
Sou criança que morava na floresta. Escutava os animais...
Cresci junto ao sentimento que tudo se findará...

Os movimentos são cíclicos e no fundo não aposto na Fábrica.
Mas este que só você pode entender reproduz: não sou cópia.
Ao negar a produção da vida como ela é: não olho no espelho.
Sou um ser itinerante, recluso, no mundo dos desobedientes.
Compro brigas: minúcias de um jogo, cujo nome é: imitação!
Menino/Menina o que isso importa? O produto é o desejo de consumo.

Queria ter um defensor sem discurso de produto final. Será este o infinito?
Respeito o seu momento atual menino/menina. E a congruência que nos une.
Historicamente sempre houve um divisor, ora de gente, outrora de vidas.
Contudo, fora nós um dia mais que produto, e não menos história.
Por haver segregação te procuro menina e não acho o menino.
Ainda há memória, à essência e vou encontrá-la, por isso: continue migrando!

Milton Lima
Filósofo – de alma.

Gestor Ambiental & Especialista em Educação Ambiental.

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