O submerso senhor
Há tempos, dos quais não quero falar.
De tudo que só me resta: o nada.
Momentos de um ciclo.
Da necessidade de ser.
Oculto aos olhares.
Que soam: desconfiados.
Imaturos e camuflados.
Porventura percebê-lo: requer tempo.
Encontrá-lo é o desafio: que está no vazio.
No pensamento: sem forma.
No som sem ruído, e com ar de novo.
Uníssono ele acompanha o silêncio.
Ele nos encontra na quietude.
Também no tempo.
Àquele submerso ao conto.
Desconto tudo aquilo que já se ouviu.
Permanente: seja o olhar.
Assuma de agora o hoje.
Esqueça o amanhã!
Ao senhor temporal.
De hoje em diante.
Que assim seja: interno!
Milton Lima –
Filósofo de alma!