Não
se explica o barulho mental que a nossa cabeça expira. Ao deitar-se parece que
é possível descansar, mas com o amanhecer do próximo e dos demais dias do
porvir, o que se nota ao olhar no espelho, continua sendo, os olhos inchados e
com uma doce esperança, alguém com certeza haveria de pensar, amanhã será
melhor.
Estive
pensando se o nó que tenho me dado aos poucos, tem sido por minha falta de
paciência comigo mesmo ou se os nós no embaraço do tempo saturnino, têm
complicado ainda mais o mundo de nós que tento apurar.
Se
por nós estou pulando o pronome pessoal no plural e o entendo pelo sentido figurativo
na amarração de qualquer objeto, inclusive, o subjetivo e atento humano, então
para que seja claro meu posicionamento sobre o nó em mim, no aqui e agora, que
eu volto para a minha dedução mundana da partícula em pedaços do ser e estar
presente no mundo tão ausente, sim um mundo sem muito sentido, de dramas e
melancolias.
O
nó está no fardo que nos é dado ao começar a querer entender o que estamos
chamando de mundo. A mente parece, sim com muita frequência, querer deduzir o
sentido para tanto barulho, para tanta insônia, mas ao findar da escrita, ou
lida, ou talvez no campo somente da imaginação, parece novamente que o nó não
se entende no barulho que precisa desatar.
A
quem venha pensar, mas do que diabos ele está falando? E se anotar bem a expressão
dos detalhes, o nós, volta para o pronome e quem sabe entenda do que realmente
se veste o leitor de livros russos e americanos.
Os
autores franceses, ou talvez os autores alemães, surgem como deleitados nos
prazeres que o Benjamin viu em Baudelaire, apenas apreciando o mundo mudar. Mas
de mentalidades, a história como disciplina, retratou que, o mundo não o das
ideias, repito, o mundo não se curvaria ao mental.
Se
outra vez, fica difícil entender o que estou querendo dizer, desça do pedestal
do mundo entrelaçado de verdades e nós, e então, perceba o que move sua
história nesse mundo repleto de nós. A ambiguidade dos nós deve ser conjugada
entre a face do mundo interconectado de wifi
e de redes imaginadas que assolam o tempo na concordância e coesão das palavras.
Para
complicar ainda mais o nó que se procura desatar, cada vez mais tenho me
imaginado no silêncio, desde o querer no sentido que vai imperar o verbo, cujo
nome é propício de honra e poder, tenho me visto com a falácia sem olhos para
enxergar e sem mãos com dedos para escrever, a depender apenas de teclas e
tela, a energia dita as regras e o wifi se
torna a mentalidade da história indigesta.
O
texto não termina no conto ou narrativa, ele apenas começa no barulho e
continua assim para o nó que foi amarrado por uma tecnologia. Aos poucos se
ouve falar da internet das coisas. Aos poucos se ouve falar dos humanos com
chips encarnados em seus corpos. Aos poucos se ouve falar que o vírus não é um
presente, mas a nova normalidade, e muito se ouve, bem-vindos ao novo normal.
Aos poucos se ouve falar do mundo de stream
com uma velocidade pouco conhecida se apresentando ao novo normal.
Por
menos barulho o nó que se acumula conforme o tempo de imbecilidade perdido,
sente-se falta de leituras como, o homem sem qualidades. Na verdade o ócio da
escrita no mundo em que somos escravos dos vícios modernos, escolha sentando o
que se viciar, lembrando que tudo faz parte do novo normal, somente esse ócio
faz do ser um nós fugindo do barulho que pipoca no sinal de alerta de vírus na
tela do computador, na fórmula mágica de faça sua conta e conte-me seus dados,
aceite todos os termos, e assim, seja o mais protegido para continuar sendo dócil
ou amigável e totalmente feito de nó.
E
a nós no mundo de nó, caberia desligar dos conectores invisíveis que nos
permitimos plugar. Não adianta o culto a rebeldia. O que nos alimenta e nos faz
viver diante do nó, é saber que a consciência, deve ser preservada, por isso,
cabe a nós pensar na sobrevivência de um ser saudável, apesar, do nó que está
preso em nós.
Milton
Lima. Sociólogo, Historiador, Gestor Ambiental. E as vezes um curioso do mundo
astrológico.