Imenso e profundo seria um abismo construído por mim.
Afinal quem sou eu.
Até que ponto me importo em saber.
A falta de Inter?relações me assusta?
Meio Ambiente um estudo atenuante do ser caracterizado 1 ª Pessoa.
Em Construção... Opinião...
Opinião...
Um negócio [...] seria imprudente revisitar minha eterna solidão? Quem está só?
As fontes já não segue o mesmo conceito! Afinal Meio Ambiente? Quem disse que é Meio? Não seria Inteiro? 1 ª Pessoa o que me intriga seria reconectar ou/e desconectar!
A busca continua-quem sou eu? O que me faz pensar no outro? O que? Quando o outro sou eu isto é real ou apenas um cinismo em memória atenuante.
Aos meus amigos e colegas universitários, digo que este texto tem caráter dialógico com meu eu, minhas inquietações e minhas fragmentações e digo mais: "A fonte nada mais é que muitos pontos e palavras chaves... Decifrar então seria o intuito de uma opinião? Não. A fonte aqui é sua lembrança e nossa Solidão. 1 ª pessoa." O público em geral, visitante deste espaço, dedico um texto cheio de memórias recentes e muitas de uma vida inteira. Como posso adiantar este texto é uma construção de valores ocultos e uma chamada para quem necessita reconectar ou desconectar.
O blog têm objetivos diversos e difusos quanto ferramenta de comunicação. Entretanto, viabilizar e comunicar de uma forma política e crítica é uma tarefa árdua.
Para tanto é preciso parceiros... Esta Entrevista é especial, grande companheiro de movimentos pró Florestas em Pé, companheiro de diversas lutas e causas ambientais, com grande prazer e imensa satisfação!!!
Coletivo
Curupira - São Paulo SP
“Unir
o Povo e a Natureza é Juntar o Melhor do Brasil”
J.A.
Santos Prata - 2012NOV25
1) O que é o Coletivo Curupira ? Quando
surgiu?
O
Coletivo Curupira é uma iniciativa independente da sociedade civil, e se reúne
em grupos de estudo, pesquisa e ação direta com ênfase na transversalidade
política dos temas sócio-ambientais.
Apoiemos
as iniciativas ambientais de âmbito restrito, por exemplo a coleta seletiva de
resíduos sólidos e hortas comunitárias urbanas, mas entendemos que a temática
Ambiental deverá contemplar tanto elementos Econômicos como Culturais e
Sociais, além dos propriamente Ambientais.
Visando
a máxima diversidade, os membros são livres para explorar linhas de pesquisa,
desenvolver estudos e apresentar os resultados; o Coletivo reúne-se
periodicamente para consolidar e balizar as linhas ideológicas desenvolvidas.
Pela
própria transversalidade dos temas ambientais, os Curupiras atuam de forma política,
porém sempre de maneira supra-partidária, embora alguns membros tenham sua
militância. Alguns são docentes em vários campos de especialidade, e diversos
têm participado de eventos e palestras com uma perspectiva ambiental.
O
Coletivo reúne companheiros de tempos atrás, mas regularizou-se em 2011 perante
as agressões contra os direitos Sócio-Ambientais desencadeadas no atual cenário
de “re-primarização” da economia nacional, com o retrocesso à condição de
exportadores de insumos primários (“commodities” minerais, agro-pecuárias,
energéticas), a exemplo do ataque feroz dos congressistas “ruralistas” e
aliados contra o Código Florestal Brasileiro.
Nosso
primeiro evento público aconteceu em Maio de 2011, quando participamos da
organização em São Paulo SP do Seminário Nacional sobre o Código Florestal,
onde compareceram várias autoridades e atores políticos.
A
título de exemplo, segue enlace para os vídeos do evento publicados na teia:
2) O Código Florestal atual é um atraso
com as mudanças feitas para a manutenção das florestas em pé ? Ou os vetos
garantem a sustentabilidade?
O
Código Florestal pré-existente era muito mais protetor do meio ambiente.
Datava
dos idos de 1934, com aditivos em 1965 e 1967, e acréscimos em 1988 com os
direitos sócio-ambientais na “Constituição Cidadã”.
Naturalmente,
era voltado às Áreas Rurais - uns 95% do País, contemplando um mínimo de APP
Áreas de Preservação Permanente (várzeas, morros, encostas) e RL Reservas
Legais com veto de corte raso (80% ou 50% na Amazonia Florestal, 35% na
Amazonia Cerrado, 20% no restante do País), mas definia também as exceções para
áreas urbanas e outros usos (mineração, energéticos) - nos demais 5% do
território.
Também
incentivava - conforme os Planos Diretores Municipais - a conserva de APP nas
áreas urbanas, onde muitas vezes tais áreas - sem valor no “mercado” oficial -
viram áreas de moradia popular precária, resultando em tragédias.
Não
era um código perfeito e poderia ser cientificamente melhorado, mas o que se
viu no Congresso foi um ataque frontal para:
a)
anistiar infrações ambientais, fugir ao restauro da Flora Nativa e rolar a
gigantesca dívida dos latifúndios improdutivos, por exemplo a pecuária
extensiva, que desperdiça 200 Milhões de Hectare com a ridícula ocupação de Uma
Cabeça por Hectare e o Agro-negócio, que ocupa uns 50 Milhões de Hectare para
exportar “commodities” como soja e milho de ração animal, polpa de eucalipto
para papel e carvão vegetal siderúrgico e outras.
b)
reduzir as APP e RL, com a falsa alegação de beneficiar o “pequeno produtor”,
quando - na realidade os agricultores familiares e camponeses, embora produzam
três-quartos da comida humana, ocupam só uns 30 Milhões de Hectare.
Após
os vetos da Presidente, uma vez que o Congresso deixou passar inúmeras
monstruosidades no texto original, o atual Código ficou “menos pior”, mas assim
mesmo se anistiaram infrações até Junho de 2008 (quando a ex-Ministra Marina
Silva aplicara sanções), se reduziram APP (antes 30metro em cada margem dos
menores rios, atualmente uma “escadinha” de margens menores, liberação de áreas
para “lenhosas exóticas” - leia-se eucalipto e avanço nos mangues para
carcinocultura - camaroneiras - e urbanização especulativa) e se reduziram as
RL em “pequenas propriedades” até quatro módulos (na Amazonia chega a 400 Ha).
Ou seja, os vetos reduzem o estrago mas não garantem a
sustentabilidade, nem para o próprio agro-negócio, o maior interessado em
manter os “serviços” ambientais da floresta e a fertilidade dos solos, portanto
vão querer continuar avançando, seja por compra ou pela habitual “grilagem”,
sobre as áreas de mata. Que se cuidem as os Parques e Florestas Públicas, os
Quilombolas e Indígenas.
3) Hoje existem muitas ONG. Elas têm
feito o papel da sociedade civil de cobrar os direitos coletivos? O Coletivo
Curupira tem parceria com alguma ONG? Porque?
Algumas
ONG Organizações Não-Governamentais possuem uma boa atuação em favor dos
direitos “sócio-ambientais” coletivos, que no próprio judiciário muitas vezes
enfrentam uma difícil correlação de forças, afinal são “direitos difusos”
relativamente recentes; outras ONG dependem de convênios com poderes privados
ou públicos e vêem limitada sua liberdade de ação.
O
Coletivo Curupira apoia as iniciativas ambientais das ONG independentes, mas
não mantém “parceria” com nenhuma ONG.
4) ECO-92 o que se viu foram acordos
até os dias de hoje não tão bem sucedidos, tais como Biodiversidade, Agenda-21
e Clima). Mudou-se o tema para RIO+20 - Economia Verde. O que avançou e
regrediu nesse processo?
Os
crescentes conflitos pelos recursos naturais escassos, tais como energéticos -
em particular petróleo e gás - matérias primas tropicais, e agora o sol e a
água, motivam iniciativas e conferências internacionais da ONU.
Podemos
lembrar: Roma 71 Limites do Crescimento, Estocolmo 72
Eco-Desenvolvimento, Roma 76 Nova Ordem, Brandt 80 Fim da Pobreza, Brundtland
87 Futuro Comum, Rio-92 Carta da Terra & Agenda21, Kioto 97 Clima,
Johanesburgo 2002 Sustentabilidade,
Kopenhagen 2009 Desmatamento e afinal RIO+20: “Economia Verde”.
A Rio-ECO92, ao fim da “guerra fria”, obteve bons resultados,
embora sem contestar as questões economicas de fundo - por exemplo, são
brilhantes a Carta da Terra e Agenda-21 - porém com os avanços da etapa
“neo-liberal” sobre os recursos primários a RIO+20 propôs um retrocesso ao
restringir-se à “economia verde” e às oportunidades de negócio, descuidando dos
elementos sociais, culturais e ambientais.
Felizmente, o evento paralelo da Cúpula dos Povos contrapôs-se a
esse cenário e - a nosso ver - avançou na organização popular para apontar um
horizonte sócio-ambiental mais amplo.
5) Qual é a maior luta hoje
do Coletivo Curupira em torno das
Florestas Em Pé ?
Não falta terra para plantar. Ao contrário, bastaria triplicar a
produtividade pecuária para a média de três cabeças por Hectare, e liberaríamos
uns 140 Milhões Hectare, sendo 40 Milhões.Ha para restaurar APP que faltam,
outros 40 M.Ha - nos pastos degradados - para pousio e restauro das RL que
faltam, e sobrariam uns 60 M.Ha - que são as terras mais férteis - para
expandir a agricultura.
Portanto o Coletivo Curupira apoia uma Politica de
Desmatamento-Zero.
Outra luta importante é pelo Cadastro Rural Público na Rede
Digital, em forma tabular e geo-referenciada, de início para os imóveis maiores
de 100 Hectare.
6) Em sua opinião como está
a sociedade civil hoje na luta pelas Florestas Em Pé?
Deve se mobilizar, exigindo atitudes dos representantes eleitos e
do judiciário, utilizado comunicação alternativa, promovendo ações diretas,
palestras e marchas para elevar o grau de consciência ambiental.
Por outro lado, boa parte da população, mesmo nas zonas urbanas,
já sente na pele os efeitos do desmatamento e da devastação ambiental, tais
como secas intensas e chuvas torrenciais, além das tristes consequências do
abuso de agro-tóxicos com a contaminação dos alimentos e das águas.
7) Qual recado você
considera importante passar aos leitores nesse espaço?
- Soberania Alimentar e Energética com
Justiça Social e Progresso Ambiental.
José
Antonio dos Santos Prata - Coletivo Curupira
URL mailto: <ja47prata@gmail.com>
Agradeço, ao Prata pelas palavras e conhecimentos partilhados. Grande parceiro e nos proporcionou conhecer um pouco do Coletivo Curupira.
Grande Abraço, ao Coletivo Curupira. Obrigado pela Experiência.