Revista incolor
Tinta de
revista,
ora vista
alegre,
permeada de
silêncio,
com luz e escuro
no ar.
Isso que chama
esperança
advém da
inocência? De um
aprendiz de algo
doce...
O ar continua
tênue.
Ao folheá-la
pude sentir sua condição,
me detive em
controlar seu calor,
e vi o quanto
foi caloroso tê-la em meus braços.
A leitura
seguiu. Continuei experimentando seu toque no inconsciente.
Respeitando seu
silêncio; confesso procurei seu medo, e me vi em seu espelho. Adormeci e seu
tremor me acordou.
Não, você não
caiu.
Nós levantamos.
E agora?
Eu sei que vai
sorrir.
Mas também sei
que vai chorar.
Sentir é assim
um tentador projeto de conhecer a si e alcançar o outro.
Tudo tem tom.
A medida do
toque é o tom onde vive a diferença.
Acreditar na
franqueza de um nós faz do ser: sua condição humana - em sua revista incolor.
Milton Lima
24-11-2017