Tuesday, December 29, 2020

Tributos aos velhos amigos: a interrogação é o novo porvir

Tributos aos velhos amigos: a interrogação é o novo porvir

Por Milton Lima 29-12-2020 – é lua cheia.

Osasco

A trilha sonora é tão velha que o medieval tece o moderno, conquanto estranham-se quando não velhos amigos são. Aos tributos a música espelha neuroses da saudade que viria se portar como charme no tecnológico mundo presente. Já o estrangeiro apenas por pensar no passado que obrigou sê-lo, o humano, àquele que virou máscara, este se vira na noite sem coração e dorme numa rede sistemática da interrogação. A concordância que carrega a dúvida é estudante do ano que não dormiria se não fosse uma pandemia. O que esperar do próximo ano, um ano sem máscara, ou talvez um ano sem lembrança do ontem? A morte e a vida são os velhos amigos que prezam uma amizade que os acompanham no verdadeiro tudo outra vez.



Tudo outra vez é um prazer que a sonoridade nos faz escutar “o fim do termo saudade”, e o Belchior, este não esqueceu o quanto sua poesia interrogaria o novo quando dissera “até parece que foi ontem minha mocidade com o diploma de sofrer de outra universidade, minha fala nordestina quero esquecer o francês”. E tão nostálgico que faz nossa interrogação ser um porvir ao apontar lá na suave canção que “e vou viver as coisas novas que também são boas, o amor e o humor das praças cheias de pessoas, agora eu quero tudo, tudo outra vez”.

Na fotografia 3x4, Belchior é enfático “e pela dor eu descobri o poder da alegria, e a certeza que tenho coisas novas pra dizer”. E com sua “história é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte, que no sul viveu na rua, e que ficou desnorteado como é comum no seu tempo, e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo e que ficou apoixanado, e violento como você”. E diz a ti que lê agora “eu sou como você que me ouve agora”.



Friday, November 27, 2020

O deserto das vacinas

O deserto das vacinas – Por Milton Lima. 27-11-2020

Antes de tudo, os tártaros e o Dino estão longe das vacinas. O comércio que se faz do que seria caro ou barato, esconde de longe o desejo pela vida, parece que o capital sugou a morte, a saber: até que o dinheiro nos separe.

O deserto aqui referido é o que espera pela guerra. Nada que o próprio italiano não nos prendesse com seu clássico “o deserto dos tártaros”. Em todo caso, não conhecendo a história alguém pode perguntar o que isso tem com as vacinas?

Bem... Isso é um pequeno ensaio de esperança, a esperança é de que não precisamos rever outra guerra, mas isso está certo que não vai acontecer? A resposta volta ao deserto e a linda história que me remete a escrever este ensaio.

A verdade é que a linguagem tem seus códigos, e se não sabemos o que significa tal código não podemos inferir o que seria a palavra verdade. E voltemos a política que por vezes se quer internacional, e que por tantas outras se quer na rota de colisão para quem expressa o código da verdade, que nada mais é que a garantia de se manter no poder.

O poder que a vacina gera no imaginário é o deserto de uma história que senão se repete faz menção a outras que vimos, quando em 1918 ouvira-se o chamado de gripe espanhola, tempos depois descobriram que ela não era espanhola coisa nenhuma. Agora não estamos vendo a crise de 1929, mas a fome e a morte batem na porta de muitos nesse deserto com força tamanha que o silêncio e a fronteira do deserto, voltam-se a esperança vinda da América do Norte, que passou por eleição polêmica nos últimos dias, e que o imaginário ainda é América primeiro.

Em pleno século XXI, imaginar um deserto no Brasil é quase insano se não fosse roteiro para outra intervenção do mercado, e os mesmos teóricos de outrora continuam sendo seguidos à risca com a ideia e porque não um tipo ideal de Estado mínimo. Tudo isso seria ciência se colocássemos a leitura do código da verdade que já sai impresso e com imposto para o que nos é vendido. A princípio houve uma separação de economia e política, depois preocupação com o bem estar social, e o mercado cresceu conjunto ao poder econômico dos donos da verdade, o Estado que se viu no controle da política, esse encolheu e por aqui na terra do tupiniquim o querem mínimo. Tal deserto e tal vacina seguem o roteiro do grande reset, o dinheiro digital e o PIX já estão bem virtuais no seu rastro, mesmo sabendo que não se tem lastro, o dólar continua valendo todos os dedos, e os anéis a quem apostava na Rússia ou China com suas vacinas, vira a chegada das gigantes do Ocidente. Enquanto isso no deserto das vacinas nossa política luta para ser no mínimo a riqueza (longe do povão) da democracia.


Thursday, October 1, 2020

Amazônia e a morte da natureza humana

 

Por, Milton Lima 01/10/2020.

 

Amazônia e a morte da natureza humana

 

O que é mais forte que a morte? Já perguntava o tão saudoso cantor e poeta Belchior, e frisava o compositor brasileiro que nessa “terra o silêncio era de ouro”. E representar uma arte do quão simbólico pode ser tal silêncio deve passar pela coragem que Benjamin a classificaria como perigosa de se praticar enquanto sua própria coragem buscasse a verdade.

 

A pergunta é, antes do como quem é de fora olha pra cá (Brasil e Amazônia), até que ponto de onde se olha diz alguma verdade, entende? Para montar o quebra cabeça do fogo que não foi roubado pelo herói da mitologia grega e entregue aos humanos, precisamos reeducar o que poucos de nós (como espécie bípede alta intitulada inteligente) têm como verdade.

 

Olhar para Amazônia de fora, não é um privilégio de quem a conhece mais que muitos brasileiros em seu imaginário, aliás, a imaginação que se quer expressar aqui é muito maior do que se possa imaginar, de um ponto de vista poético, é dizer, a natureza humana não avançou com a tecnologia, mas sim regrediu de modo, que a terra dos mortos virou nuvem que todos admiram sem compreender o verdadeiro significado de ser artificialmente humano.

 

Decerto falar a verdade remonta a estrutura da palavra, o significado do sentido, e a necessidade de ser sujeito que, de si, extrai seu próprio óleo, que de si, espera o próprio sacrifício. Assim esse sujeito olha o seu trabalho, a sua família, seu dado conhecimento de poder, tal qual lhe domina por ter sua verdade. E alguém lhe disse que a verdade é sua morte?

 

O que acontece na Amazônia e no Brasil é a pura morte da natureza humana – essa é a verdade. E os bonzinhos, não sejam tão ricos como amam dizer-nos que são, e comecem a reeducar a verdade que contam para seus filhos. Ainda vão vender a ideia de que o homem livre é o liberal que tudo pode apenas com seu esforço? Que o mundo é bom e Deus ajuda quem trabalha? Que alguns países como o Brasil, é atrasado tecnologicamente porque assim seu povo escolheu? O que dizer como verdade sobre o mundo que colonizou que explorou que nos roubou riquezas naturais e que sonha assim continuar fazendo? Sugiro falar a verdade.

 

O fogo na Amazônia tem seu perdão mundo desenvolvido? Será que o nosso perdão por não conhecer a verdade apagará o fogo que leva a verdadeira morte animal e vegetal as manchetes do mundo? É sim preciso falar a verdade, e a verdade é o mundo desenvolvido ama consumir e que o mundo todo aprendeu a consumir. O consumo é igual? Ou alguns podem porque são abençoados por Deus enquanto outros não podem porque não se sacrificaram o bastante? O sacrifício desse humano, não levou o fogo para humanidade, e sua promessa até aqui não tem dito a verdade. Liberdade, democracia, fraternidade, o mundo realmente diz a verdade no fogo cruzado que pauta uma pandemia em crise econômica mais do que prevista? Voltemos a Amazônia, ao que todo mundo quer ter o direito a falar de humanos.

 

A questão ambiental é parte de um processo, mas para se compreender o fundo pântano que parece ter mais fogo que fumaça em um país totalmente saqueado por séculos, não basta o famoso “coitado do Brasil”, mereceríamos de um demasiado cuidado, com nosso próprio senso de ser humano para depois querer o tal direito a esta natureza.

 

Se a morte da floresta é um sacrifício, que o governo aqui presente tem sido apoiado por essa elite econômica para seguir uma agenda, o clima de mudança não passa pelo humano que pensa no futuro de suas crianças, ou se fala a verdade sobre a questão da regressão da humanidade ao invés do progresso sempre vendido e almejado, ou dificilmente será um Lazaro, nossa Amazônia, nossa natureza, e principalmente nossa morte humana.


Thursday, September 3, 2020

To Francisco Goya

By Milton Lima 03-09-2020
“But it would show your character in a more attractive light” Franz Kafka

For a fool aware that having to write is needed!

Looking at my country today, I see that beyond somebody, political, human, animal, or that has been buried. I believe that before being human as tall as go on the cross and being denied death, doing high frame gets this cry about eyes which all dies as well. 

Behind the wake is phenomenal to say the truth. It is human and I wanted to miss this fear of words that do body. Maybe our history still has hope in a world more human less out. We in some moment can understand why we did it with our death too. This must be a matter which in Brazil some may want to forget, but this burial will not be forgotten in the end with the pandemic COVID-19. It's begun as work to who back in this wake. I spoke and I liked to stop and told them also that is what I see as the essence to discover in this war why whether denied the symbolism of the death. The war that cries from freedom, the same that smiles for dictatorship, that views the figure of the death become past in glorious revolution the same who cry to out of tyranny and now cry to seem in democracy.  

How did they die? Access the technology.
Los caprichos; Francisco Goya.
  
Well, I have overdue so “I can not breath”, but what did we do with the death indigenous?  And the death of the Armenians? Jews and much else than we did question forgetting while humans are not viewed as such yet. The word death is now just a word without anything.

Since that truth has not begun overall hegemonic, so we can go back to history that has taught us to teach to well or to bad indeed that really have power to know what can or not be said. And about the word death, such censorship chooses the soul human beyond these word and body concepts of history buried without this awareness historic in which are poetry as the poets Baudelaire and Fernando Pessoa.

Thus, will not be Eliot with his poetry also that would help to go to see his death behind the body than that word and intellect became anything to picture in a world which we forget death. Eliot was reading the Baudelaire that was translated by Walter Benjamin; they already were worried with what they could tell them about technology as those forgetting history in poetry. Thus between crying and coming to the world the son avoided me to arrive and let the whims of Goya I will not let us dry. 

Monday, August 31, 2020

O fim do eterno retorno

 

Por, Milton Lima 31-08-2020.

 

Quando pensávamos que a comunicação decerto revolucionaria nosso modo de pensar e compartilhar, o eterno retorno nos mostra que o mercado se ajusta a toda e qualquer anormalidade e diz não. Não para uma revolução através de redes como face, entre outras plataformas, pode-se dizer que aquela que armazena vídeos como you... Também dirá não a qualquer coisa que saia do geoplano entre quem realmente manda.

Esse modo de estar no retorno pode ser visto como ‘eterno’ que noutro plano venha nos creditar de fé para que perdure o todo e sempre. De fato, a representação social que envolve o consciente coletivo está muito além da verdade oculta dos contratos sociais que de certa forma julgamos justos que nos proteja de todo o mal. E Hobbes, ou Locke, até mesmo Rousseau não seriam suficientes para um papo que tratasse do século XXI e no meio da pandemia mais sem fim que já se teve registro antes. Sem alarme voltemos ao senhor que não acreditava no super-herói, homem dono do mercado rentista de agora.

O dinheiro é agora o que pede socorro na praga que assola sua crise, e os meios que não justificam nem mesmo sua falência, continuam ditando seu eterno retorno em nota de R$200,00 na terra do tupiniquim. O que mais tem ciclo neste eterno retorno é sua confissão de fim de mundo e de terra arrasada, de gente que não entendeu e de povo que mal sabe de onde nasceu tanta gente sem credo no fim.

A finitude que gera anseio e bolsas que temem seu estouro, mal se preocupa tal homem de negócios com o tal bem estar do povo, acreditam que seus investidores não podem deixar de crer na exploração da carne mais barata do mercado num país que fora promessa um dia de o senhor do futuro.   


Sentindo-se dono da ilusão primitiva que tornaram o homem cordial por aqui, a terra que Cabral avistou, sabia agora que era parecida com esse paraíso que Zweig quisera para além da quimera pintada pelos românticos do século passado que estiveram aqui.

Pelo dinheiro que de espécie real pede a benção para o dólar, alguns podem orar para que de real se faça dólar verde e com um eterno valor de retorno, mas como já expressado isso é um sonho irreal do que acontece agora. Dado o fato que o dinheiro deve findar no seu lastro como o conhecemos de sentido e valor, é bom perguntar “Last but not least”, os ‘commodities’ vão agregar valor ao eterno fim do futuro por aqui?

Tuesday, July 28, 2020

I'm sharing this conference

“Neither Flynn Nor Stone Were Guilty—There Was No Russian Hack”
Bill Binney Makes His Case

https://www.youtube.com/watch?v=-t4m7VZOFMc&feature=youtu.be

Sunday, May 24, 2020

The animal political a bias of Sunday month June


Sentiment and evolution

By Milton Santos

“The Third World is a victim of the technetronic revolution”.

Brzezinski



First Sunday of June,



How to stop what does away from being human. Maybe words of difficulty and hope not more will be easy to have to learn in the world now born. The transition from duty firstly there is itself in. So what is my or his duty now? I think that it is not a sample to ask. Whereas what we are thinking about sentiment here is fully linked to evolution.







Since the time of the world was of Rome we needed a shift which did with that will we arrive here. There has been so tradition the essence of worldwide as any family has as than does such as choice of the way for natural rights. We are struggling by what while human? Possibly will say that we’ve in history gods since god fired, perhaps due to our own tradition merely small things we are hiding. Where did we hide in a world now cold by ideology? Ghetto of era technology biases our face?







In this wish to follow asking what’s then I bring first how duty and after as sentiment who part of my representation, which happens with my education can have an understood not imaginary of denied life. Last than that we believe did become thus outside the system while we see call them poor well too. Is most common that we hear that the gods always had eyes for the more poor. It was what I said before joining a representation but we are now going to think trust when the more poor can have it?   







Number one: Instability and impatience the phenomenon Brazil of frustration.

To continue in the imaginary world as a future country. Which future really are we telling?


Monday, May 18, 2020

The ethics is a world essential to anthropology

World of antropologist at ethnography online


By Milton Santos

The teacher anthropologist Daniel Miller indeed has told us much too well, what's ethics when he did post on twitter early month may, the video: "how to conduct an ethnography during social isolation”. 


Perhaps else sensibility is possible now such as ethics and by this will be a needed to deepen whole treatment of study that we observe while online now as we understand these ethnography fields.

Here  9 anthropologists spent 15 months living in 9 communities around  the world Anthropology of Smartphones and Smart Ageing
spent 15 months living in 9 communities around  the world, researching the role of  social media in people's everyday lives.

Already here the event that goes to happen tomorrow is about theme:  Fieldwork in an era of pandemia: digital (and other) alternatives.



To remenber that the event Tuesday 19 May, 13:00 UTC11pm Sydney; 10pm Tokyo; 6:30pm Delhi; 2pm London/Lisbon; 9am NYC; 8am Mexico City; 6am LA/Vancouver

Link to acess Zoom

Regards



Saturday, May 16, 2020

Prof Wagner Romão convida para o debate cidades e políticas ambientais

Por Milton Santos 16-05-2020
Divulgar ciência é compromisso de utilidade pública!


Divulgar é saber que o alcance nem sempre sairá do espectro de um mundo conectado. E por isso nada mais justo que a divulgação de um belo debate sobre a conjuntura política atual no Brasil.

A rede social tem ajudado muito de nós a manter a mente sã (aos antropólogos que estão trabalhando no doutorado neste momento, indico o vídeo do professor Daniel Millervídeo no youtube nesse link, no qual tive o prazer de contribuir com a tradução para o português) e divulgar conteúdo com o qual nos convide a pensar, e é isto o que tem prezado esse espaço.

Dito estas iniciais, lembro que sou um defensor da universidade pública a qual me oferece a oportunidade de conhecer um mundo com a lupa voltada à crítica. E na área das humanidades (e nas ciências sociais da qual faço parte) não têm faltado bons exemplos disponíveis na rede.

Já acompanhava o professor Piero Lainer (UFSCAR) há algum tempo no DE no Youtube – ele aparece às terças-feiras. E no twitter descobri que o Piero seria o convidado do professor Wagner Romão (UNICAMP), que não o conhecia até então, e passei conhecê-lo com a postagem do professor Frederico também da Universidade de Campinas.



Após assistir a live sobre guerra híbrida, comecei a segui-los no twitter. E pedi a permissão ao professor Wagner Romão (UNICAMP) para divulgar a programação aqui neste espaço que administro por aproximadamente um período de 10 anos.


A live de segunda-feira é muito interessante. O tema que será abordado é sobre o COVID 19 e o colapso das cidades brasileiras. Tanto o evento marcado para o dia 18 como as demais entrevistas, inclusive, com o vereador Eduardo Suplicy, podem ser visualizadas no facebook do professor Wagner linkfacebook da live.


Cidades estão em colapso há muito tempo e com a #Covid_19 a tendência é a situação piorar caso não mudemos as políticas ambientais e habitacionais. Vamos discutir esse tema na segunda-feira 18-05-2020



Sunday, May 10, 2020

A boca não pode mais gritar sua tosse


A cabeça dói e o coração soa

Senão de calor que a boca precisa abafar

Talvez fosse de nó que a garganta vira a cabeça sentir.



Sentimento estranho o de soar não?

Tudo ao mesmo tempo em que parece molhar

É tudo que ao mesmo deve secar meu olhar.



Então são os olhos quem se esgotam de lágrimas

Eles pensam no coração que não mais soa de emoção

Mas de nó que não suporta mais a garganta secar.



A cabeça que traz os ouvidos no conjunto

Tenta lembrá-los que o cérebro está no comando

E que não há o que se preocupar enquanto sentido.



De todo modo alguns serão on e outros off

Porque parece o momento fazê-lo frágil

E por comportar-se fechada a boca não pode mais gritar sua tosse.



Cadê o remédio que não mais o daria fome

Onde foi parar o meu suor que escorria pela face

E que o espelho no chão se formava com diploma de lágrimas.



Não posso imaginar de quanta dor a cabeça precisa

Apenas desejo que o suor livre-me do nó que a boca acatou

E que o coração volte a pulsar em vez de tentar suar sua liberdade.



Milton Lima 10-05-2020

Sunday, May 3, 2020

Brasis com s ou z não importa, porque o país viu Curitiba virar a capital da pizza.


Brasis com s ou z não importa, porque o país viu Curitiba virar a capital da pizza.



Milton Lima 03/05/2020



Pis ou confins, antes alguém perguntaria: vai CPF na nota? Alguns desavisados ainda ousariam imaginar, 600 pratas nada mal para o país do muro baixo. E antes do sonho ridículo, não aquele que virou suco na fila do banco, mas outro conto daquele mesmo que era russo e falara de crime e castigo.



Vejam os Brasis, que Cismogênese hein, o sabor não se sabe se fora aproximadamente registrado pelo Salgado, mas sabe-se que o Queiroz não virou suco. O filme do fotógrafo que tomava cuidado (não suco) para não queimá-lo, imagina-se que era digital. E também por aqui é sabido que nem mesmo o fotógrafo poderia imaginar a divisão da imagem do russo virar pizza sem conto nenhum. Sem sal algum também disseram que o conto não pode pagar-se sozinho e por isso o auxílio viria do povo.



Povo ‘ora povo’ é preciso muita oração para a massa descobrir o verdadeiro sabor da pizza. Se não fosse o nosso juízo de valor, mal não faria se minha pergunta girasse em torno da fantasia: que democracia é está vinda de Brasília? Se mal não pegar esta lei, então oremos que o povo se livre do vírus, e que os Brasis recolha mais que impostos deste povo que nem conto tem.



Talvez se fosse antropólogo poderia dizê-los não creiam em mitos, mas por não sê-lo, sinto em informá-los que em Curitiba ou no interior o inventaram, e me parece que o mito já traiu o messias. Outro dia passando meus olhos pela TV disseram que o número de mortos continuava a subir, mas não falam nem de economia, nem do conto do povo sem pizza, e muito menos de Brasis sem luto.



E a nota não cai na conta do ministro da Fazenda que deve achar a corte de Brasília um castelo de corte, e que devo imaginar que só por isso pensara em liberar duzentos contos para o povo. Mas é claro também entrarem os parlamentares no meio da cena ainda que para divisão da pizza, eles que não são mitos, é bom lembrar, diriam que os 600 contos só alcançariam o povo se eles o liberassem. De conto em conto prometem que antes do apagar das luzes nos Brasis, como se não votassem a reforma da presidência, como se não quisessem cargos para evitar a queda não da economia ou dos mortos na pandemia, mas sim do governante, prometem e prometem um país melhor para o povo.

Saturday, April 18, 2020

Death in Brazil health gets mirror inside COVID-19.

By Milton Lima 18-04-2020
I’ve views mere things last days, and ensure to my mind such silent is frightened and not by stay home but yes at regard ensure hasn’t nothing after – if not revisited these dead.



Well to we arrive in this lockdown around worldwide was need a pandemic, who when tell of silent by behind sense than the death had as human compassion doesn’t more same.





But we will see that while words are things and the same not are deemed words we’ve on the occasion an atmosphere which this silent not complete the sense of word death.



For me does can available how and why such silent was appropriate of word I duty back to Latin, there choose the word that goes bring my thought, is word call them emolimentum to own difficulty.



Now is world running to avoid my neurosis and madness into faith in world unknown?



So there is the death of system we have world known - see Alexander Dugin and well too Pepe Escobar.

Health or Death a question to silent of Brazil


When so president Michel Temer (MDB) in year 2017th he gave this signature to go Constitutional Emend 95 (EC) which congeal spending with Health, him were in truth  narrowing basic recourse to more poor. 



Second the economist Carlos Ocke, spending with health in Brazil is reducing well too. The peoples already are oldest and worst scenery is when the system seems deeply most poor.

To according with the Francisco Funcia search of health and economy since approbation their (EC) 95, those spending that were 15% of receipt government fall to 13%. 




COVID-19 Death and Brazil a dream hidden future
Likewise that congress Brazilian approved R$ 3, 6 trillion in December of 2019, these spending not are 15% with health and while there is time to stay home, less will told of understood of death of health amazing to poor. While in year 2014, each people coasted R$ 595,00 in year 2020 such cost R$ 555,00. 
Second the site of congress country rate result red counts and a deficit finance R$ 124,1 billion.
So the Health System Unique (SUS) sees own collapse when president of republic and his minister farm will approve PEC 186/2019, as PEC 187/2019, together goes back a cliquey political class – or elite.
I believe that the graphic demonstrative do site UOL bring all death in Brazil until here.

And by end the question who wins with it, health or death? Who live the virus or tough man?


Tuesday, April 14, 2020

Quebrando o limite do silêncio COVID-19 e a crise financeira


O limite do silêncio: o Latim desmascarando palavras

Por: Milton Lima 14-04-2020

Escrever e escrever... O silêncio está ensurdecedor no ano de 2020, é como um daqueles que ninguém sabe pra que lado correr frente a tal acústica que o deixaria a mercê do silêncio. As sentenças do tribunal da justiça escapar-nos-ão sob a divisão dos poderes nas vias do público e privado, cujo limite não passará de um crédito subentendido vindo como ajuda de um banco fadado a explorá-lo.

 Sem um tampão nas orelhas, apenas caberá ao direito sugerir-nos para não sair de casa e assim enfrentarmos a guerra com as máscaras da prevenção. E a terra se vira do avesso para se fazer compreender, no caminho que a limita de um não contato humano. E se não vê-la mais como terra, e ao som da televisão escutá-la como sentenças de, fique em casa como máxima, isto é apenas o começo do segredo não ecoado frente à máscara vista pelos seus olhos. E lá longe que seria tão perto se não fosse virtual esta terra que não mais recebe seus mortos no mundo real, é agora vista e digerida pela TV sob a bagatela de que o mundo (seria esse que conhecíamos que se era permitido até velar os seus mortos?) tal como o conhecíamos não será mais o mesmo depois da pandemia.

O que está sob controle
Um pânico generalizado é utilizado para obter o controle total da situação. Então o medo moldou o homem hipocondríaco, e este além de acreditar que tem (quando se sabe que não tem) o direito de trabalhar também crê que senão o faz é por causa da crise. E sob isso que está em controle vejo-me obrigado a voltar no Latim e indagar Tu hoc silebis passaras isto em silêncio? Quando lida a máxima silent leges as leis são mudas?

Ontem o mundo parecia securus – seguro tão sossegado e também aquele que não temia ou tampouco se importava. Mas o mundo como comenta Joseph S. no final de março, não parece ser tão seguro assim, e o COVID-19 já tem legado ao mundo uma dolorosa lição



Real é o teatro que vê uma grande sobrevida do sistema financeiro


Theatrum visto pela assembleia repleta de expectadores em pleno auditório do século XXI, lia-se e assistia-se nas séries tal como nas propagandas do youtube a chamada, fique em casa.
Assim se reuniram para os jogos públicos, num teatro forjado pela falta de tempo de poder assistir uma peça em que os bancos faturavam e faturavam e quebravam sem nos dizer o tamanho real de suas dívidas. Parece que tal teatro saiu da ficção e passou a ser peça real com a crise do COVID-19, esta que não trata nem de longe ou tampouco perto da máscara de tal rombo do mercado financeiro.

Para trazer alguns números para tal controle, a dívida do mundo hoje passa de 760 bilhões de dólares. Comparando a crise atual com a crise de 2008, em 2018 os USA aumentaram sua dívida para 13.3 bilhões, ou seja, 618 milhões a mais que o montante da crise anterior. Muitos analistas apontavam para uma bolha que estava prestes a estourar, porém, com a pandemia pouco a relaciona o fique em casa com a quebra da economia - está sim real vergonha de um sistema de dívida permanente.

Enquanto isso, a Itália frente à crise já tem declarado que está prestes a sair da União Européia, e já se tem explorado a nova Italexit, e isso com a forte relação de um mundo multipolar com China e Rússia. O fato é que o limite do silêncio desta pandemia, ainda vai dar muito que falar. Aos cientistas políticos a economia será um triunfo para análise geopolítica. Há um novo sistema surgindo, e as rotas da seda que transfere o sistema mundo para o Oriente tem se mostrado até aqui, na ajuda aos países mais necessitados na Europa uma opção muito bem organizada. Basta saber se as famílias tal como os Rothschild, vão permitir um novo mundo que o ouro seja a garantia nas compras e não mais o petrodólar.

O tempo ou tempus – orius é o próprio tempo, o próprio instante, à hora e o ano, também é oportunidade. Como disse o filósofo russo Dugin, as crises pedem uma resposta rápida, e se em 2008 criou-se os BRICS, é possível que esta siga as anteriores. E o tempo, seja qual for sua linguagem, fará jus a circunstância e conjuntura de um limite que o vírus já impôs a questão moral da humanidade. Ou se fala a verdade ou então que o teatro faça-nos vivenciar a arte de dizer chega.

Ainda que ninguém vá mandá-lo morar na China, pois é comum ouvir tal destempero sobre as questões políticas no Brasil, pode-se repetir para que tu vás para Cuba ou para Venezuela. O certo é que Cuba tem para cada mil habitantes 8 médicos e 8 enfermeiros, o maior índice no mundo. Também é fato que sempre que foi preciso Cuba enviou ajuda ao mundo (exceto quando o governante de um país desclassifica um dos melhores sistemas de saúde do mundo, e dispensa ajuda, estou falando do Brasil), o que não continua certo na diplomacia global é sanções a qualquer país em tempo de pandemia, isto é crime à humanidade, mas isso também ninguém quer falar. O tempo testará e limitará o silêncio ou o grito dos inocentes, aguardemos no Latim o tempus...










Monday, April 6, 2020

Nothing offer to death of money

By Milton Lima 06-04-2020.
Nothing is what seem be when policy enter to game. Well, I believe what happens worldwide today due to plague also is process system neoliberal of world in collapse. Now there is world economic that abyss yet avoid that us spoken starving to truth about death. Thus we need do analysis deep too well this not us startled with to unique solution to peace or for avoid the next world war.

What has been widely shared by stream media has been the body of all death worldwide. And it has been directly linked there is illness COVID-19 by such stream. But instead spoke about order new world and of collapse capitalist finance hem prefer rather all for put their analysis to death human and not in the death of money.

Rather than we will stay us mistaken with war invisible become of virus we will examine the course by other hand which to tell the truth that is have much power about world. So media stream defense had always will be in scale global described by who pay a state that offer tragedy and hope as said by Quigley.

Moreover it same state gone offer healthy lifestyle around right human and philosophical but stood at historical forgot end of history as hypothesis (Fukuyama).
Alexander Dugin1

Thursday, April 2, 2020

O mundo marginal vagabundo: fique em casa e... and “stay to home”!


O mundo marginal vagabundo: fique em casa e... and “stay to home”!

Por Milton Lima: 02/04/2020



Querelle des Anciens et des Modernes...

Para o futurista anti-humanista a expressão “civilização ocidental” não teria sentido atual. E “futurista” assim existem em maior número do que o punhado de barulheiros italianos e os seus adeptos internacionais, já quase esquecidos. Sem grande exagero, pode-se afirmar que assim pensam os cientistas e os engenheiros, os médicos e os homens de negócios, os banqueiros e os secretários de sindicatos, os socialistas e os fascistas; enfim, a grande maioria. Otto Maria Carpeaux


No último artigo (artigo anterior) retomei Oscar Wilde para retratar o ser humano diante da guerra, pois bem, a guerra híbrida e psicológica continua neste extrato que tampouco tem imagem definida, que ainda não se sabe se é real ou virtual – no tratado humano. Mas o que se sabe é que o mundo financeiro (tal como a capa da revista The Economist propagou no meio de março) neste momento tem a certeza de que “todas as coisas estão sob controle”. O que significa dizer também que no Brasil – além da moeda real –, e (I believe same that) pelo globo há uma nova ordem a qual prevê manter-nos, sãos e vivos. A ordem é: “fique em casa”.

E se por um lado a narrativa de controle e experimento social expressava-se a partir do COVID-19, por outro lado a pandemia no interior deste enunciado escondia-se por trás da morte não apresentada do dinheiro. Isso acontece ao mesmo tempo em que o dólar (moeda americana) é impresso em velocidade e quantidade recorde, embora seu valor de mercado tenha cada dia que passa menos valor e lastro – e/ou garantia. Por isso, minha escolha por buscar nos poetas mortos de minha biblioteca à sanidade que se impõe sobre mim à ótica para experimentar uma estética leitura do futuro. Descobri que eles continuam vivíssimos!


Ver James Rickards in: The Death of Maney.


Quando no início do texto o austríaco Otto Maria Carpeaux nos apontara um legado futurista que soaria desde a ‘discussão dos antigos e modernos’ a luz do que seria o anti-humanista, não existia ainda o grande irmão de 1984, que Orwell havia prenunciado logo após o fim da segunda guerra mundial – antes dos anos 50.

E se agora existe o grande irmão real e não mais aquele da ficção Orwelleana, cabe-nos uma vez mantendo-se confinados no ócio de estar em casa, lembrarmos que, os desempregados vão precisar de outro ofício (seria o do poeta?) para não serem chamados de vagabundos.

Com esse mundo desenhado e transmitido em casa para salvar-nos guardar é possível voltar ao final da segunda guerra mundial – e olhar para essa no século XXI –, e na Itália encontrar o poeta Vasco Pratolini em um vagão de trem na terceira classe. De lá prosear com seu ‘ofício de vagabundo’(livro precursor de um dado na terceira classe, na terceira guerra) com a premissa do presente imaginemos esses interlocutores de máscaras e nem todos falantes de uma língua oriental, o que teríamos senão o caos?

Se não fossem os bancos tão donos do mundo seria possível a nós (reles) a desconfiança que eles jamais aceitariam um ofício de vagabundo? E por isso me dei o trabalho de sentar com meu dicionário da década de 1970 e pesquisar o significado de vagabundo. A etimologia da palavra que tem sua origem no latim – vagabundu – representa o adjetivo: vadio, ou aquele que vagueia; tal como o errante e nômade que é inconstante, ora leviano e também porque não pilintra, por fim, um desocupado e ocioso.  

Fora o medo que gera este vagabundo o mesmo que, agora é visto mais seguro em casa, também tem o outro que vive na margem, talvez sempre visto como vagabundo? Melhor dizendo quando este foi visto livre senão estivesse preso? O mendigo, ou aquele que não está em casa e que mora na rua, esse logo não pode ficar em casa, então vale a pergunta com quem é que ele fica? Então o famigerado preconceito ao marginal se revolta e é perceptível na poesia. Somos presos agora e, portanto marginais? Eu e você estamos nos sentindo presos em casa?

Na linha do vagabundo, também tive o trabalho de bisbilhotar meu dicionário, e lá estava à bendita palavra do latim, margine. E lá vamos nós falar da dor marginal...

E quem está à margem é o vagabundo. A sociedade o vê como vagabundo, mendigo ou delinqüente e fora da lei, e seus relativos escritos decantam da margem.

Muitos destes que são vistos como vagabundos, têm seu nome sujo, devem para o banco que cobra 300% de juros no cheque especial, e quando seu nome aparece como credor, então vem o adjetivo, ainda que você não ouça hão de soletrá-la: vagabundo – porque você está devendo. E será que eu e você numa situação como essa teríamos a opção de não ficar devendo?


O mundo volta-se para seu próprio bolso e visa os vagabundos que vão pagá-los a conta. E acreditem os vagabundos sempre pagam – com juros e correção. Ainda que quase ninguém os chame pelo real nome, o sistema financeiro manda e o mundo inteiro vagabundo e marginal tem obedecido sem nenhuma reflexão.

Sim, com o COVID-19, tudo mudou, dólares salvarão a todos os paises da América da Latina, estes que pegarão muito dinheiro (aquele sem lastro), e não será nenhum absurdo se eles que nos governa chamar-nos-ão a todos os 99 % de endividados da humanidade pelo nome: vagabundos marginais, tendo ou não conta no banco, tendo ou não casa própria, tendo ou não emprego. A herança e os herdeiros fadados desde o início do banco mundial a pagá-los, me parece que a justiça será feita e aos marginais e vagabundos a conta chegará. Bem a dúvida é quem não é vagabundo segundo o dicionário e a ordem do governo fique em casa, senão pagar com o dinheiro emprestado dos bancos, será que vão pagar com a vida? É a questão para pensar, quem tem fome pode esperar? Parece-me que os bancos não podem esperar quem dirá a economia, mas em todo caso a ordem para nossa salvação é fique em casa...

Saturday, March 28, 2020

O retrato do humano póstumo a guerra


O retrato do humano póstumo a guerra


MILTON LIMA 28-03-2020




Em dias conturbados como os nossos, tenho escutado de amigos que realmente estamos passando por uma guerra. E como o ser humano vai sair desta guerra é o que me interessa pensar neste recorte. Quando encontro-os cada qual em sua casa, ainda ouço deles que a tecnologia é fundamental.


Embora eu busque o retrato do rosto com a face humana no tempo em que vivemos, tenho consciência política que a vida mudou, e que sim, a tecnologia faz parte desta. A relação social é pautada por outro retrato no século XXI. Portanto, o tempo do rosto humano vir-se-á no presente sob o dilema de ser ou não ser humano numa guerra sem bomba atômica.


Quando Oscar Wilde escreveu sobre Dorian Gray, mostrava-nos um ser humano capaz de tudo para manter-se belo. E o tempo que nos chega é antes de tudo a respeito do que era belo, pois, estávamos acostumados com sua rapidez nas partilhas de fotos, vídeos, de nós ensimesmados no próprio ego. Daí retomar Wilde e seu livro sobre tal retrato. 


Primeiro é preciso ter clareza sobre o que é real do que não é. E se tratando do humano é possível dizer que sê-lo, no que tange o real, é viver no mundo belo ou no mundo feio? De novo, no real ou no virtual? A subjetividade de ver o belo e conhecer o feio passa pela objetividade do querer, e por isso, o que eu quero ver no mundo faz total diferença naquilo que você e eu, passamos a conhecer na representação da realidade, que em nosso tempo é muita das vezes virtual. 


Saber o que é real neste momento não é tão difícil. Há uma crise humanitária. Mas ela foi maquiada pelo vírus e pela urgência da pandemia. Presumo no futuro que (humanos) não mais seremos críticos a tecnologia como um mal humano, não se trata dos bens que esta nos dera, mas dos fins que a justificaria (ser humano) sê-lo descartável.


Enquanto os Estados Unidos implicam sanções ao Irã, e a outros países, Cuba envia médicos para a Itália. O que se tira do retrato desta guerra em andamento? Creio que esta guerra apagará o retrato em que estávamos acostumados a ver nos enterros. Havia fotografia e despedida como a morte era vista num ritual de passagem. Esta mudança pelo visto não necessitou de muito silêncio, pois, me parece que a consciência da representação do eu na rede, ensinou-nos dia após dia, a bloquear o feio, a excluir o horroroso, e senão presumira que a guerra foi contra seu estado humano, então tal herança cumpriu seu papel não humano na era tecnológica (sem bomba lembrar-nos-á toda psicologia). Esta que se faz perfeita no retrato que é presente, quando este o excluirá do real mundo feio que a morte o representava como um corpo belo ou feio destinado no CEP com entrega no fim da vida. 

Tuesday, March 24, 2020

Poema: quem pescou no limite da inteligência artificial?


Convosco o limite da inteligência artificial: O Flâneur sai às ruas e sem máscara desnuda a máquina...


 Milton Lima 24-03-2020   



Convosco a rede que não parece pescar,

Que o deixou parecer à esperança em si de um bom dia,

A mesma que o perguntaria sem olhar na sua face: o que está pensando?

Que o esperava na falência de seus órgãos humanos.

Primeiro governamentais, depois àquela transvertida de imitação da arte,

Que se esforçaria de modo tão real: que o virtual substituiria o habitual sentimento.

Que se esvai pela rede na expressão das fagulhas sopradas sem ventos.

Longe da fé e na rotina das missas, eis que não mais, contar-se-iam às lágrimas,

Pois, não é mais permitido chorar seus mortos,

E se não fosse tal máscara de normal proibida, dir-se-ia que,

Tinha-nos esquecido nesta rede à medida da pena, que garantisse o direito de não sê-lo mais humano.


Chorar a todos os mortos remotamente por suas novas máquinas, assim nos deram os dados móveis,

E seu legado tão pobre que é tão rico,

Vir-se-ia o ser menos humano ser não capaz de pensar por si mesmo.

Ao fazê-lo ainda sem chip no corpo, se viu impresso em 3D numa pele que não habita seus ossos,

Percebendo-se no mundo do medo e trancafiado agora, vira todos os efeitos da desumanização,

Dos efêmeros traços que a rede aos pouco de ti consumira e que aos poucos lhe modificaria.

O que pode sentir no virtual mercado de agora?


Apenas soará as trombetas quando,

Chegar o aceite de tudo sem ter lido nada!

E quando o poder do azeite ungi-lo,

Daí saberá que hão de avaliá-lo e julgá-lo,

Se fora um bom avatar e se fizera do limite seu pescado no mar.

E os contos servir-nos-ão pra quê nestes momentos tão esdrúxulos?

Para retomar Baudelaire, e saber que as flores com amor conhecem o mal,

Para se encontrar um espinho no caminho, poder interpretá-lo além do mito.

Parar e perceber se tais máscaras se vendem e se hão de haver outras; é à hora de investigá-los,

Dever-se-á prestar atenção na rede, o que estão lhe vendendo é uma máquina de moer humano.

Para assim revisar o conto, que se transformara no jardim do jasmim,

Noutro ponto tecido, que encontrará um Benjamin.


Para retomar o limite deste legado que o encontro se faz necessário,

Tal encontro carece escancarar os cárceres das palavras presas,

Para libertar o que se é humano é preciso prender o que se apresentara como máquina.

A máquina de guerra que Deleuze avisou-nos, a qual vira o Humberto de tão eco se comprimir,

E quando no caminho há uma máquina totalitária a quem Benjamin viu com as flores nascer,

Eis que elas, as palavras presas apresentam-se ao nosso presente,

Para fazer-nos parar e indagar tudo o que brota agora: que limite requer-nos a máscara na guerra?

Seria o contente ato de manifestar apenas o direito em respirar o ser não doente?

A quem chorar os mortos vivos estes que são a nós presos e ocultados pela máquina?

Ainda teremos lágrimas?


Senão as palavras presas na poesia e na filosofia, quem nos despertará se a máscara não cair?

Voltemos ao limite que a guerra mental nos provoca com o vírus e o medo da morte.

E é obvio pra quem que o óbito do ser foi impresso pela máquina, como preparo e substância,

Que ao se propagar enquanto palavras cheias do imenso vazio,

Nesta multidão imatura e tampouco humana, O que é a vida agora? Grita o poeta e indaga,

Será mesmo o esquecimento da morte? Responda-me: Humanos ou máquinas?

Substituía-o, primeiro nos versos dos esquecidos poetas herdados do porão, e depois,

E depois, e depois, e depois, e depois... Tal máscara é seu sistema e seu próprio esfacelamento,

Que quer vê-lo pintado de humano, mas tendo como objetivo lembrá-lo que não pode mais sê-lo.


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